Protesto do sindicato atrasa entrada de funcionários da Embraer em São José dos Campos, SP

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Sindicato dos Metalúrgicos, que representa os trabalhadores da empresa, bloqueou o acesso à unidade Ozires Silva no início da manhã. Categoria quer aumento salarial acima da inflação. Sindicato faz novo protesto na Embraer em São José e atrasa entrada de funcionários
Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos
Um protesto do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos atrasou a entrada dos funcionários da Embraer no primeiro turno na manhã desta quarta-feira (18).
Essa é a segunda ação organizada em outubro pela associação, que representa os trabalhadores da empresa na unidade de São José e reivindica aumento real nos salários da categoria. No início do mês, uma greve chegou a ser anunciada, mas acabou suspensa – leia mais detalhes abaixo.
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De acordo com o sindicato, o protesto faz parte da campanha salarial e começou às 5h20, com o bloqueio do acesso à unidade Ozires Silva. A ação foi encerrada às 6h20, com a liberação das avenidas dos Astronautas e Faria Lima.
Sindicato faz novo protesto na Embraer em São José dos Campos e atrasa entrada de funcionários
Richard Oliveira
Acionada pelo g1, a Embraer informou que houve um atraso de 30 minutos na entrada dos funcionários do primeiro turno.
Em nota, a empresa reprovou a ação do sindicato e lamentou o desrespeito do direito de ir e vir. Informou ainda que as negociações seguem sendo feitas entre a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o sindicato.
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Motivos do protesto
Os protestos organizados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos têm sido motivados por uma reivindicação de reajuste acima da inflação nos salários.
A empresa aplicou uma reposição de 4,06% nos salários, o que foi rejeitado pelos trabalhadores, que pedem um aumento maior. O sindicato não informa, porém, a porcentagem exata de reajuste reivindicada.
Sindicato faz novo protesto na Embraer em São José dos Campos e atrasa entrada de funcionários
Richard Oliveira
Além disso, segundo o sindicato, a empresa quer reduzir a estabilidade no emprego para 21 meses em caso de doença ocupacional e para 60 meses em caso de acidentes de trabalho. Hoje, a estabilidade em ambas as situações é válida até a aposentadoria.
A Embraer informa que já concedeu o aumento salarial de 4,06% – que corresponde à correção inflacionária dos últimos 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do IBGE – aos colaboradores que recebem até R$ 10 mil, e um fixo de R$ 406 para salários acima desse valor.
De acordo com a empresa, os benefícios foram concedidos conforme proposta da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que representa as empresas do setor.
Conforme nota emitida pelo sindicato, diversas negociações acontecerão nesta quarta-feira (18). Haverá reuniões com nove grupos patronais.
Tentativa de greve
No dia 3 de outubro, uma greve chegou a ser iniciada, mas acabou sendo suspensa após cerca de quatro horas de paralisação.
Trabalhadores da Embraer voltam ao trabalho após quatro horas de paralisação em São José dos Campos
Sindicato dos Metalúrgicos/Divulgação
A ação, que começou às 5h e inicialmente foi anunciada como greve por tempo indeterminado, foi suspensa às 9h. Na ocasião, o sindicato afirmou que funcionários “sentiram-se pressionados pela presença da Polícia Militar e de seguranças da empresa, que estavam filmando os grevistas”.
Ao todo, a fabricante de aviões tem 9 mil trabalhadores em São José dos Campos.
Trabalhadores da Embraer voltam ao trabalho após quatro horas de paralisação em São José dos Campos
André Luis Rosa/TV Vanguarda
Sindicalistas presos
No mesmo dia, mas no período da tarde, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos e um apoiador foram presos pela Polícia Militar em uma confusão durante uma assembleia realizada na Embraer.
José Dantas Sobrinho, que é diretor do sindicato, foi preso.
Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos
Logo após a votação que aprovou uma paralisação de uma hora, houve uma confusão em uma entrada da fábrica. José Dantas Sobrinho, diretor do sindicato, e Ederlando Carlos da Silva, um apoiador, foram detidos por crime contra organização do trabalho, lesão corporal e resistência.
Eles acabaram soltos um dia depois por decisão da justiça em audiência de custódia.
Dois homens foram detidos durante manifestação da Embraer
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