Campanha ‘Não finja que não viu’ lembra obrigação de ceder o lugar a pessoas que têm direito no transporte público

No Rio, lei de 2019 tornou todos os assentos dos transportes públicos preferenciais, independentes da cor. Campanha ‘Não finja que não viu’ lembra obrigação de ceder o lugar a pessoas que têm direito no transporte público
Ceder o lugar pra pessoas que têm direito à prioridade não é só uma questão de gentileza: é uma obrigação. Na cidade do Rio, inclusive, uma lei municipal e uma estadual de 2019 tornaram todos os assentos dos transportes públicos preferenciais, independentes da cor.
Para fazer valer a lei, o Detro e a Alerj até lançaram uma campanha: a “Não finja que não viu”. Em breve, a iniciativa vai chegar ao metrô.
São consideradas pessoas que têm direito ao assento, segundo a lei estadual 8415/2019:
Idosos,
pessoas com crianças de colo,
obesos,
gestantes,
pessoas com deficiência ou com limitações temporárias de locomoção
Em transportes de toda a Região Metropolitana, é comum, entretanto, ver outros passageiros desrespeitando esses direitos.
“Peguei o ônibus, o rapazinho novo estava sentado. Me viu e ficou sentado no preferencial. Acho uma falta de educação, né ?”, diz a manicure Nice Lima, que tem direito ao assento preferencial.
O RJ2 acompanhou nice em uma viagem no ônibus 405T, (Nova Iguaçu – Barra da Tijuca). Dessa vez, ela não tinha lugar para sentar, mas conseguiu encontrar uma cadeira depois que outra passageira cedeu o lugar.
“Temos que fazer sempre isso, um dia vou precisar”, diz a dona de casa Denise Florêncio, que cedeu o lugar pra Nice. Denise concorda que muitos passageiros não cedem lugar para quem tem prioridade. “Alguns fingem até que estão dormindo”.
No mesmo coletivo, o RJ encontrou um passageiro nos lugares reservados para as prioridades.
“Eu tenho 74 anos e estou aqui linda e bela em pé e tem jovens… Você acha que a lei vai funcionar ? A falta de empatia é muito grande no nosso pais”, questiona Aurelinda Maria Madeiros, de 74 anos.
Posteriormente, Aurelinda acabou conseguindo também um lugar, graças a uma passageira que cedeu seu assento.
Gestante, a passageira Natalia Valente tem uma visão um pouco mais otimista: “Assim que eu chego a pessoa me vê já cede o lugar. É bem tranquilo”, diz.
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