Condenado por estuprar e matar universitária Mariana Bazza em 2019 morre no interior de SP


Rodrigo Pereira Alves estava tratando uma doença crônica grave e morreu na UTI do HC de Botucatu. Ele foi condenado, em 2020, a mais de 40 anos de prisão por latrocínio, estupro e ocultação de cadáver após oferecer ajuda para trocar o pneu do carro da estudante, em Bariri (SP). Condenado por matar a universitária Mariana Bazza, de Bariri, ajudou a jovem a trocar o pneu
TV TEM/Arquivo Pessoal
Rodrigo Pereira Alves, condenado pela morte e estupro da universitária Mariana Bazza, morreu na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (SP) na manhã desta segunda-feira (24).
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De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Rodrigo tinha 42 anos, e cumpria a pena pelo crime, que aconteceu em Bariri em 2019, na Penitenciária de Itaí (SP) e tratava uma doença crônica grave. Ele deu entrada no HC na última segunda-feira (16) e morreu por volta das 10h30. A causa da morte não foi informada pela SAP e nem pela assessoria do hospital.
As informações do prontuário do paciente não podem ser divulgadas devido ao compromisso com o sigilo médico do paciente. De acordo com a SAP, a progressão do quadro clínico foi detectada por meio de exames laboratoriais e ele vinha recebendo suporte de saúde.
Rodrigo não havia cumprido nem 4 anos dos 40 anos, 10 meses e 18 dias de prisão por latrocínio, estupro e ocultação de cadáver de Mariana Bazza, os quais foi condenado em julgamento realizado em 2020.
Rodrigo Pereira Alves, de 42 anos, suspeito de matar a jovem Mariana Bazza de Bariri (SP)
TV TEM/Reprodução
Relembre o caso
O crime aconteceu em setembro de 2019, quando a vítima desapareceu após sair da academia onde frequentava, em Bariri, no dia 24 do mês, e receber ajuda de Rodrigo Pereira Alves para trocar o pneu do carro.
O autor do crime havia saído da prisão há cerca de um mês antes e tinha passagens por estupro, roubo, extorsão e constrangimento ilegal.
Com a localização fornecida pelo criminoso após a sua prisão, a polícia encontrou Mariana morta em uma área de canavial em Cambaratiba, distrito de Ibitinga, cidade próxima a Bariri.
O corpo foi encontrado em uma área de mata, próxima a rodovia, de bruços com as mãos amarradas para trás e um tecido no pescoço.
Corpo foi encontrado em uma área de canavial na região de Bariri
Polícia Civil / Divulgação
Crime premeditado
Uma câmera de segurança da academia que Mariana frequentava registrou quando Rodrigo se aproximou do carro da vítima e ficou encostado nele durante alguns minutos. (veja abaixo)
Cerca de meia hora depois, quando a jovem saiu da academia e encontrou o pneu vazio, Rodrigo, que estava do outro lado da avenida, começou a gritar para alertar sobre o problema — apesar dele não ter visão nenhuma do pneu vazio, o que reforçou a teoria de que ele premeditou o crime.
Universitária que desapareceu recebeu ajuda de desconhecido para trocar pneu do carro
Segundo o relato da amiga da vítima, Heloísa Passarello, Rodrigo atravessou a avenida falando sobre o problema e insistindo para que ela aceitasse ajuda.
A jovem chegou a mandar para o namorado uma foto do suspeito fazendo a substituição do pneu furado, para avisar o que tinha acontecido. A imagem ajudou a polícia a chegar até o suspeito.
Com base nas imagens, a polícia identificou o suspeito e conseguiu fazer a prisão em Itápolis, a 60 quilômetros de Bariri, escondido no telhado de uma casa.
Mapa mostra locais onde Mariana Bazza foi abordada, em Bariri, e encontrada morta, em Ibitinga; veja
Arte/G1
Ele tinha foi ouvido pela primeira vez na Justiça em agosto de 2020, na segunda audiência do julgamento. O procedimento foi feito por videoconferência por causa da pandemia de Covid-19.
Em outubro de 2020, Rodrigo foi julgado e condenado a 40 anos, 10 meses e 18 dias de prisão, inicialmente em regime fechado, por latrocínio, estupro e ocultação de cadáver. A sentença foi dada 11 meses após ele ser preso. Ele cumpria a pena na Penitenciária de Itaí.
Acusado de estuprar e matar Mariana Bazza em Bariri é condenado a 40 anos de prisão
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