Serviço Secreto americano reconhece falhas na proteção do ex-presidente Donald Trump no atentado de julho


O serviço de inteligência vai contratar 400 agentes até o fim de 2024, usar novas tecnologias e busca mais recursos no Congresso. Serviço Secreto americano reconhece falhas na proteção do ex-presidente Donald Trump no atentado de julho
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O chefe do Serviço Secreto americano admitiu que a agência falhou em proteger Donald Trump no comício em que o ex-presidente foi alvo de um atentado, em julho.
“Não podemos nos dar ao luxo de falhar”: foi com essas palavras que o diretor interino do Serviço Secreto americano começou a entrevista coletiva sobre o atentado de 13 de julho.
Uma investigação interna do Serviço Secreto concluiu que houve falta de planejamento e implementação de um plano de segurança, e que a agência não deu orientações claras à polícia local e à equipe do Serviço Secreto que protege Trump. Como os agentes que cuidam do ex-presidente não sabiam que a polícia local estava perseguindo um suspeito, eles não retiraram Trump do palanque antes dos disparos.
“Embora alguns integrantes da nossa equipe tenham sido muito diligentes, outros cometeram erros que levaram a uma violação dos protocolos de segurança. Esses funcionários serão responsabilizados de acordo com o nosso processo disciplinar. Ficou claro, para mim, que precisamos de uma mudança na forma como conduzimos as nossas operações”, disse Ronald Rowe.
Atentando contra Donald Trump em julho
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Ele reafirmou que, desde esse dia, a segurança de Donald Trump foi reforçada, com o mesmo número de agentes que o presidente Joe Biden. Ele também elogiou os agentes que conseguiram conter um homem armado que estava escondido perto do campo de golfe onde Trump jogava uma partida no domingo (15). O suspeito não chegou a disparar, mas ele estava a 400 m do ex-presidente. O caso está sendo investigado como “aparente tentativa de assassinato”. Ainda existem muitas dúvidas para serem esclarecidas, entre elas, como o suspeito permaneceu no local por doze horas.
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Rowe disse que o Serviço Secreto vai contratar 400 agentes até o fim de 2024, usar novas tecnologias e busca mais recursos no Congresso.
Nesta sexta-feira (20), os deputados aprovaram por unanimidade o projeto para que candidatos à Presidência e à vice recebam o mesmo nível de segurança do presidente. A medida precisa ser aprovada no Senado.
O Serviço Secreto tem mais de 150 anos. É responsável pela proteção de todos os presidentes e ex-presidentes americanos e tem protocolos rígidos, famosos no mundo todo.
Nesta sexta-feira, na entrevista coletiva, o diretor do Serviço Secreto disse que os agentes estão preparados para a Assembleia Geral da ONU, na semana que vem, quando mais de 140 líderes mundiais estarão em Nova York.
Nos EUA, deputados aprovam por unanimidade projeto para que candidatos à Presidência e à vice recebam o mesmo nível de segurança do presidente
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