Brasileiro ferido em ataque contra Israel foi atingido por estilhaços de granada

Ele foi atingido enquanto estava em uma festa na cidade israelense de Beer Sheva, a poucos metros da Faixa de Gaza. Quem recebeu o pedido de socorro foi um amigo, que também mora em Israel. Brasileiro ferido em ataque contra Israel foi atingido por estilhaços de granada
O ataque inesperado e sem precedentes do grupo extremista Hamas contra o território israelense levou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a declarar também que Israel está em guerra.
Segundo o Itamaraty, um brasileiro está ferido depois dos ataques terroristas deste sábado (7).
As marcas nas costas do Rafael são de estilhaços de granadas. Ele foi atingido enquanto estava nesta festa no deserto, a poucos metros da Faixa de Gaza. Quem recebeu o pedido de socorro foi Felipe Jurek, que também mora em Israel.
“Ele tinha um pouco de bateria. Assim que a polícia resgatou ele do bunker em que ele estava preso, ele conseguiu me mandar uma foto e a localização dele”, disse Felipe.
Imagem mostra feridas nas costas de Rafael.
Reprodução/Jornal Nacional
O Rafael e o Felipe são de São Paulo, mas, atualmente, moram e trabalham em Israel. Eles são amigos há 12 anos. Quando Felipe recebeu a mensagem do Rafael, ele estava em Tel Aviv. Apesar dos riscos e dos bombardeios que ainda estavam ocorrendo, ele viajou 40 minutos até Beer Sheva e encontrou o Rafael muito machucado, mas consciente.
“Pelo que ele me contou é o seguinte, assim que eles começaram a ouvir as explosões, encerraram a música, todo mundo começou a correr para tudo o que é lado, começaram a ouvir tiros, e aí eles correram para um bunker. Chegaram a matar policial, tacaram granada dentro do bunker e tal. Ele falou que, mano, ele ficou no fundo, só rezando para Deus, tipo, pedindo para ele morrer porque ele não aguentava mais. Ele falou que viu pessoas queimando, viu pessoas levando tiro e foi feio, foi bem ruim a coisa”, acrescenta.
“Ele estava em estado de choque até que conseguiram resgatar ele. Tiraram ele e mais algumas pessoas, mas não foi todo mundo que sobreviveu desse bunker”, completa Felipe.
Por causa da lotação do hospital de Beer Sheva, o Rafael teve que ser transferido de helicóptero para a cidade de Haifa, a cerca de 170 quilômetros.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.