Falta d’água em Uberaba: MP recomenda que a Codau abasteça moradores com caminhões-pipa e faça abatimento nas faturas

Representação reúne dezenas de denúncias de moradores sobre carências no fornecimento do recurso. Promotor pediu ainda que seja instaurado um procedimento investigativo para averiguar possíveis irregularidades. Centro de reservação de água da Codau no Bairro José Vallim de Melo, 27/08/2021
Codau/Divulgação
O promotor do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Diego Martins Aguilar, recomendou nesta quarta-feira (27) que a Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) adote medidas para solucionar os problemas no abastecimento de água em Uberaba.
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A recomendação foi feita após uma representação movida pelo vereador Tulio Micheli (Solidariedade), que afirmou ter recebido denúncias sobre falta de água feitas por moradores de 45 bairros da cidade nos últimos dias.
A partir das denúncias, o MPMG recomendou que a Codau realize a normalização imediata no atendimento de água potável de todos os usuários, inclusive fornecendo água em caminhões-pipa para os bairros com populações vulneráveis e atendendo pela rede as comunidades mais carentes, sem qualquer custo, se necessário.
Além disso, o promotor recomendou que:
seja instaurada uma investigação preliminar em face da Codau e da Prefeitura de Uberaba, responsável por fiscalizar a prestação do serviço;
a Codau faça campanha pública incentivando o racionamento de água potável;
sejam expostos os estoques atuais e diários de água potável, alertando sobre o consumo sustentável da água;
seja descontado nas faturas de serviço o valor proporcional relativo aos dias ou relativo aos picos em que a prestação de serviço teve descontinuidade.
A recomendação ocorreu na mesma semana em que o promotor Fernando Martins fez um pedido semelhante para corrigir problemas no abastecimento de água em Uberlândia. No documento, Aguilar afirmou que o alinhamento entre as duas cidades ocorreu “para que se respeite o princípio da unidade do Ministério Público”.
O g1 procurou a assessoria de imprensa da Codau e aguarda retorno.
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