Servidor da Prefeitura de São Borja é preso por suspeita de crimes sexuais contra 4 subordinadas, diz polícia

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Homem, de 61 anos, foi exonerado, segundo prefeitura. Crimes eram cometidos, pelo menos, desde 2021. Mulheres sofriam assédio sexual, importunação sexual, perseguição, ameaça, violência psicológica, além de assédio moral no ambiente de trabalho. Fachada da prefeitura de São Borja
Prefeitura de São Borja/Divulgação
A Polícia Civil prendeu preventivamente, na quinta-feira (11), um servidor da Prefeitura de São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, suspeito de ter cometido crimes sexuais contra pelo menos quatro subordinadas. A identidade dele não foi divulgada pela polícia.
Conforme a Prefeitura de São Borja, o homem de 61 anos foi exonerado do cargo comissionado que ocupava na manhã desta sexta-feira (12). Além disso, o município afirma que já havia aberto contra ele um processo administrativo. Em relação às vítimas dos crimes, o Executivo Municipal afirma que dá apoio e acolhimento a elas. Elas são concursadas e já teriam procurado a ouvidoria para denunciar o chefe.
De acordo com a delegada Elisandra Mattoso Batista, responsável pela investigação, a prisão aconteceu quando o suspeito voltava a São Borja de uma viagem de carro até Santa Catarina. Ele estava no trevo de acesso à cidade pela BR-287, dentro do veículo. Após ser levado à delegacia de polícia do município, o homem foi encaminhado para o Presídio Estadual de São Borja.
A delegada Elisandra afirma que “ele está sendo investigado pela prática dos crimes de assédio sexual, importunação sexual, perseguição, ameaça, violência psicológica, além da reiterada prática de assédio moral no ambiente de trabalho”.
“Ele falava das roupas delas, tocava nas pernas, na região da barriga. Também mandava que elas olhassem nos olhos dele quando falassem com ele, além de fazer ameaças”, conta a delegada Elisandra.
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Relatos dos casos
O caso chegou à polícia no início de abril, depois que três das vítimas de abuso procuraram a delegacia da cidade. Uma delas contou que sofria esse tipo de violência desde 2021, quando o homem preso assumiu um cargo de diretor, e que só criou coragem de denunciá-lo quando descobriu que outras colegas também eram alvo dos crimes. Em uma ocasião, ela presenciou o assédio.
“Uma delas, a quarta [vítima], desistiu de procurar a polícia por medo. Ele ameaçava com perda de cargos, troca de turnos. Nós temos informações de que há pelo menos outras duas mulheres que passaram por isso [abusos por parte do então funcionário público]”, conta a delegada Elisandra.
A Polícia Civil sinaliza que as investigações estão em andamento e que o inquérito policial do caso deve ser concluído com o indiciamento do suspeito em até 10 dias.
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