Com mais de 50 ilhas, litoral do Paraná é convite para amantes da natureza; veja opções de roteiro

Mergulho, passeios de barco, trilhas e observação da fauna e da flora são algumas das atividades propostas para quem visita uma das 57 ilhas do estado; conheça melhor algumas delas. Com mais de 50 ilhas, litoral do Paraná é convite para amantes da natureza
O litoral do Paraná tem 57 ilhas. Entre as mais famosas está a Ilha do Mel, em Paranaguá. Porém, o estado conta com muitas outras repletas de belezas naturais.
Os lugares são destinos especiais principalmente para os amantes da natureza e possibilitam atividades como passeios de barco, mergulho e observação de animais silvestres.
O g1 separou informações e orientações sobre 13 ilhas paranaenses. Confira.
Ilha do Mel
A Ilha do Mel se destaca como um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil.
Renato Soares
A Ilha do Mel faz parte de Paranaguá. Conhecido pelas belas paisagens, o local se destaca como um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil.
Entre os paraísos escondidos na ilha estão a Gruta de Encantadas, o Farol das Conchas e a Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres. O período máximo que o visitante pode ficar na ilha é de 30 dias.
Não é necessário fazer um cadastro para entrar na ilha. A lotação máxima é de cinco mil pessoas.
O que fazer: trilhas, mergulho, surfar, escalar, velejar e Tandem (salto duplo).
Onde ficar: casas de aluguel, pousadas, camping e hotel.
Como chegar: o acesso é feito por barcos que saem de Paranaguá e Pontal do Paraná.
Superagui
A única maneira de chegar à ilha de Superagui é de barco.
Reprodução/RPC
A ilha de Superagui tem cerca de 700 moradores e pertence ao município de Guaraqueçaba. No local há manguezais e restingas, atraindo uma grande diversidade de animais, alguns ameaçados de extinção, como o mico-leão-da-cara-preta e o papagaio-de-cara-roxa.
Superagui é uma ilha artificial, criada com a abertura do Canal do Varadouro em 1953, que fez com que a então península ficasse separada do continente.
O que fazer: trilhas, dançar Fandango no Bar Akdov, ver os botos, experimentar Cataia – cachaça original da ilha e conhecida como whisky caiçara;
Onde ficar: campings e pousadas;
Como chegar: a única maneira de chegar à ilha é de barco, que parte de Guaraqueçaba, da Ilha do Mel ou de Paranaguá. A viagem dura em média três horas, dependendo das condições do mar. Há também a opção de ir de voadeira, que custa um pouco mais, mas leva cerca de 50 minutos.
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Ilha das peças
Cerca de 400 pessoas vivem na Ilha das Peças
Divulgação/RPC
Vizinha da Ilha do Mel, a Ilha das Peças tem como principal atividade econômica a pesca e o cultivo de ostras. Ela está localizada na Baía de Paranaguá e é conhecida por ser o berçário dos botos-cinza.
O que fazer: trilhas, passeio de barco, ver os botos e andar de bicicleta pela orla.
Onde ficar: pousadas.
Como chegar: o único acesso é de barcos, que partem de Paranaguá, de Guaraqueçaba e de outras ilhas da região. Em média, o tempo de travessia é de 1h30.
Ilha do Teixeira
Ilha do Teixeira
Halana Nunes Fraga
A Vila da Ilha do Teixeira é formada por aproximadamente 130 moradores. A vila pertence a Paranaguá e possui 70 casas de veranistas. Há uma lenda que diz que a origem do nome da comunidade tem referência aos primeiros moradores da ilha, que possuíam o sobrenome Teixeira.
O que fazer: trilhas, pescaria, passeio de barco para avistar botos-cinzas, visita ao Mirante da Ponta do Touro e visita ao Bar do Pescador.
Onde ficar: na ilha há duas pousadas.
Como chegar: por meio de bacos, saindo de Paranaguá do trapiche de embarque do Rocio, ou por Antonina.
São Miguel
O local também é conhecido como Saco do Tambarutaca, nome que faz referência a um crustáceo.
Reprodução/Rede caiçara de turismo comunitário
Também localizada na baía de Paranaguá, a principal atividade econômica de São Miguel é a pesca, principalmente a do siri. A população da vila é de aproximadamente 400 moradores, segundo um levantamento do Porto de Paranaguá.
O local também é conhecido como Saco do Tambarutaca, em referência a um crustáceo que era muito encontrado nas proximidades da comunidade.
O que fazer: trilha de bicicleta, subida ao Morro do Careca, ver o pôr-do-sol no trapiche, oficina de cestaria com cipó, visitar as ruínas da primeira igreja, participar das festas do Divino Espírito Santo e do Senhor Bom Jesus, que acontecem entre julho e agosto.
Onde ficar: local possui uma única pousada. O passeio também pode ser programado com a Rede Caiçara de Turismo Comunitário pelo e-mail: [email protected].
Como chegar: a locomoção deve ser feita por barcos que saem dos trapiches de embarque do Rio Itiberê, em Paranaguá.
Eufrasina
De acordo com dados do Porto de Paranaguá, ao todo, são 30 residências na Ilha de Eufrasina.
Reprodução/Rede caiçara de turismo comunitário
Eufrasina é uma vila de Guaraqueçaba e tem uma população de aproximadamente 100 moradores, que se distribuem em 30 imóveis, segundo dados do Porto de Paranaguá.
Supostamente, o nome da ilha é uma homenagem a uma das primeiras moradoras do local, que se chamava Frasina.
No local há apenas uma pousada e um restaurante.
O que fazer: passeio de canoa a remo, trilha com cachoeira e pescaria.
Onde ficar: a ilha possui duas pousadas. O passeio também pode ser programado com a Rede Caiçara de Turismo Comunitário, através do e-mail: [email protected].
Como chegar: a locomoção deve ser feita por Paranaguá. Os pontos de saída são os trapiches de embarque do Rio Itiberê ou do Rocio.
Piaçaguera
A vila possui uma igreja construída sobre um sambaqui, que possui a lenda de uma noiva que a assombra.
Reprodução/Comunidade caiçara de turismo comunitário
Piaçaguera tem aproximadamente 210 moradores, que vivem da pesca, segundo dados do Porto de Paranaguá.
A vila pertencente a Paranaguá e tem uma igreja construída sobre um sambaqui. Diz a lenda que uma noiva assombra o local.
O que fazer: trilhas, visitar a igreja e remar até a vila para aproveitar um almoço ou café da manhã caiçara.
Onde ficar: há a opção de aluguel de casas e uma pousada.
Como chegar: a locomoção para Piaçaguera deve ser feita por barcos saindo de Paranaguá, nos trapiches de embarque do centro histórico, o trajeto leva cerca de 20 minutos. No centro histórico do município, existem também grupos de canoagem que fazem passeios até Piaçaguera.
Europinha
Vila Europinha é formada por 75 casas.
Foto: Marcelo Pereira/Colaboração
A vila Europinha tem aproximadamente 75 casas e a maioria é de veranistas. Pertencente a Paranaguá, há no local a presença de sambaquis e restos de louças e cerâmicas com potencialidade arqueológica.
O que fazer: subir morro, apreciar a vista para a baía e visitar a praia.
Onde ficar: não há opções de hospedagem.
Como chegar: a locomoção para Europinha deve ser feita de barco por Paranaguá, embarcando no trapiche do Rocio, ou por Antonina.
Maciel
Na Ilha Maciel, não há opção de hospdagem.
Reprodução/RPC
A vila de Maciel tem como principal atividade econômica a pesca. A população é de aproximadamente 100 moradores, segundo um levantamento do Porto de Paranaguá. A ilha pertence a Pontal do Paraná.
O que fazer: observar aves marinhas, participar das caminhadas pela natureza, pescar robalo, tomar banho no Rio Maciel e aproveitar um almoço caiçara marcado com antecedência.
Onde ficar: não há opções de hospedagem.
Como chegar: a principal forma de se chegar à comunidade é por meio marítimo, mas também é possível acessá-la por meio terrestre. O barco que vai até o local sai de Pontal do Sul.
Ilha do Amparo
São 230 moradores na Ilha do Amparo.
André Kasczesze/AEN
A população da vila Amparo é de aproximadamente 230 moradores, segundo dados do Porto de Paranaguá. A comunidade tem a pesca como atividade econômica principal, principalmente a do camarão branco.
O que fazer: ver a rotina do Porto de Paranaguá, visitar o costão rochoso, fazer trilhas, participar das festas da comunidade: Festa de São Sebastião (janeiro), festa do Camarão (fevereiro a março), festa da Tainha (maio).
Onde ficar: pousadas.
Como chegar: a locomoção para o Amparo deve ser feita por Paranaguá e leva cerca de 30 minutos.
Ilha Rasa
É possível acampar na Ilha Rasa.
Reprodução/Rede caiçara de turismo comunitário
A Ilha Rasa é uma área de proteção ambiental pertencente a Guaraqueçaba e tem como fonte de renda a pesca e o cultivo de ostras, atividades que envolvem a grande maioria dos 800 habitantes do local.
O que fazer: conversar com a comunidade local, pescar, trilhas e assistir a revoada dos papagaios.
Onde ficar: campings e pousadas.
Como chegar: barcos saindo de Guaraqueçaba.
Ilha dos Currais
Ilha dos Currais é considerada um dos principais pólos pesqueiros do Paraná.
Reprodução/RPC
A Ilha dos Currais, pertencente a Matinhos, faz parte de um arquipélago que abriga mais de 8 mil aves, além de peixes que ficam nos recifes da região, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
A ilha não tem praia e, por se tratar de uma unidade de conservação, a pesca é proibida no entorno da ilha.
O que fazer: mergulho.
Onde ficar: campings e pousadas.
Como chegar: de barco saindo da Praia de Leste ou de Pontal do Sul.
Ilha de Barbados
A Ilha de Barbados pertence à Guaraqueçaba e é considerada uma das mais antigas da região. A comunidade ficou famosa por ter sido a moradia do famoso pintor suíço William Michaud. A maior parte dos seus moradores trabalha com a pesca e o cultivo de ostras.
O que fazer: trilhas, visitar a antiga farinheira ainda em funcionamento e avistar aves como o Guará e o papagaio-de-cara-roxa.
Onde ficar: pousadas.
Como chegar: barco ou táxi náutico. O percurso varia de 30 minutos a 1 hora dependendo do local de partida.
*Com colaboração de Carol Maltaca, assistente de produtos digitais do g1 Paraná.
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