‘Shopping da reciclagem’: catadores fazem brechó com itens que foram descartados no lixo

Entre os artigos estão malas, processadores de alimentos, torradeira, sapatos, fogões e até piano. Brechó atende moradores de várias cidades de MG
Ascamare/Divulgação
Malas, processadores de alimentos, torradeira, sapatos, fogões e até piano. Todos esses itens (e quase tudo que você procurar) são encontrados em um brechó – ou topa-tudo como também é conhecido – de Lagoa Santa.
O “shopping” de segunda mão recicla e revende materiais que seriam descartados no lixo, a um precinho camarada . A Associação dos Catadores de Catadores de Materiais Recicláveis (Ascamare) de Lagoa Santa, na Grande BH, responsável pelo brechó, faz esse trabalho há 12 anos, como forma de incentivar a reciclagem e gerar renda aos trabalhadores da área.
Os materiais chegam, em sua maioria, em bom estado, mas algumas peças precisam de reparo e limpeza antes de serem utilizadas.
“Tudo que não levamos para a sucata, trazemos para o topa-tudo. O dia inteiro as pessoas vêm para comprar, e o dinheiro que ganhamos usamos para pagar o INSS dos 30 catadores”, contou a presidente da associação, Eleni da Silva Alves.
A Ascamare existe desde 2003, mas foi só em 2011 que a direção da associação começou com o brechó, quando perceberam que os catadores coletavam muito material que poderia ser reaproveitado, em vez de só ir para a sucata.
Atualmente, são 30 catadores e outros empregados que sustentam suas famílias com o trabalho de reciclagem. (veja mais fotos abaixo)
“Hoje somos referência no que fazemos, muita gente vem de longe. Tem alguns colecionadores que vem toda semana, porque já sabem que vão encontrar coisa boa. Por aqui, já teve até piano”, disse a presidente.
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Máquinas de lavar também são vendidas no brechó
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Precisa de pia? Tem também
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Até fogão é encontrado no brechó
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Sapatos também podem ser encontrados no brechó da reciclagem
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‘Um shopping diferente’
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Pelas redes sociais, o dono da loja de vestuário “Bruck”, César Arthur de Assis Santos, mostrou o dia que levou os pais para “passear no shopping”. No vídeo, ele conta que comprou um multiprocessador por R$ 15.
“O produto que comprei que dei mais sorte foi o multiprocessador, paguei R$ 15 e nem vou precisar de arrumar para usar”, disse Arthur.
No vídeo, ele também fala que comprou um tênis em bom estado por R$ 10, e mãe levou para casa uma bota de couro. Já o pai de Arthur, comprou uma torradeira por R$ 5, e fez alguns ajustes em casa que deixou ela pronta para uso (veja acima).
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