Seis pessoas são presas por esquema de coação na venda de gás em Rio Grande

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Entre os presos, estão dois policiais militares que fariam a segurança da organização criminosa, que também está envolvida em tráfico de drogas. Grupo criminoso intimidava pequenos comerciantes a comprar botijões de gás de revenda ligada a suspeitos
Divulgação/Ministério Público do RS
Seis pessoas foram presas nesta quarta-feira (28) por suspeita de envolvimento em um esquema que intimidava comerciantes a comprarem botijões de gás de revendas ligadas à organização criminosa, em Rio Grande, no Sul do RS. As atividades do grupo também têm ligações com o tráfico de drogas. Os nomes dos presos não foram divulgados.
Segundo o Ministério Público do RS, que integra a investigação, dois policiais militares de Rio Grande estão entre os presos, por suspeita de fazerem a segurança da organização criminosa. O g1 entrou em contato com a Brigada Militar, mas até a última atualização desta reportagem, não havia obtido resposta.
As investigações, que começaram há 1 ano e 3 meses, apontam que pequenos comerciantes de gás estavam sendo intimidados para comprarem o botijões de uma revenda que pertence a um empresário envolvido em tráfico de drogas.
Os criminosos também obrigariam os comerciantes a praticarem preços tabelados, sob ameaça de terem seus veículos depredados e suas vidas ameaçadas. Segundo o Ministério Público, pequenos comerciantes, inclusive, abandonaram seus comércios por medo.
Segundo o promotor de Justiça do Gaeco – Núcleo Região Sul, Rogério Meirelles Caldas, a formação de um cartel permitia que a organização vendesse cada botijão de gás, em média, R$ 30 além da margem de lucro. Com isso, em um único mês (fevereiro de 2022), conforme a própria contabilidade do grupo, o sobrepreço rendeu quase R$ 500 mil para a organização.
“Quem estava sendo penalizada era a sociedade de Rio Grande, sobretudo os mais pobres. O crime organizado suga e destrói uma comunidade inteira, utilizando um bem de consumo indispensável à sobrevivência para financiar o crime e seus luxos”, comentou.
Foram cumpridos mais de 100 mandados judiciais no RS, em Criciúma (SC) e no Rio de Janeiro. Mais de R$ 254 mil foram apreendidos em espécie, além de munições, celulares e documentos.
Além do Ministério Público, participaram da operação a Polícia Civil, Brigada Militar, Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e Receita Federal.
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