Polícia Civil e Ministério Público do Rio tentam prender o bicheiro Bernardo Bello

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Terceira fase da Operação Ás de Ouros mira o combate à lavagem de dinheiro feita pela quadrilha chefiada por Bernardo Bello, que não foi encontrado e é considerado foragido. Polícia Civil e Ministério Público do Rio tentam prender o bicheiro Bernardo Bello pela quinta vez
A Polícia Civil e o Ministério Público fizeram nesta quinta-feira (7) uma operação para prender um dos maiores bicheiros do estado do Rio de Janeiro.
Agentes da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio estiveram em endereços da capital e da Baixada Fluminense. O principal alvo era o bicheiro Bernardo Bello, que não foi encontrado e é considerado foragido.
As investigações começaram após a morte do advogado Carlos Daniel Ferreira Dias, em 2022, em Niterói. Segundo a polícia, Carlos Daniel representava o sócio de Bernardo Bello em uma empresa que vendia kits para churrasco.
Segundo a polícia, Bernardo e o sócio se desentenderam e o advogado incentivou o cliente a denunciar Bernardo Bello. O advogado foi morto logo depois.
Relatórios financeiros interceptados pela polícia apontam que os lucros da empresa de churrasco eram superfaturados e usados para justificar ganhos da quadrilha com atividades ilícitas, como o jogo do bicho. Só nos últimos cinco anos, a empresa movimentou mais de R$ 22 milhões.
Outra atividade superfaturada, segundo a polícia, era a venda de roupas em uma loja da Zona Oeste do Rio. As investigações revelaram uma movimentação de mais de R$ 70 milhões em sete meses de 2021, durante a pandemia de Covid.
Essa é a terceira fase da Operação Ás de Ouros, que mira o combate à lavagem de dinheiro feita pela quadrilha chefiada por Bernardo Bello. Os agentes apreenderam documentos em postos de gasolina, lojas e empresas do grupo. E a Justiça determinou a apreensão de carros de luxo, lancha e de 250 animais, entre bois e cavalos de raça, em uma fazenda em Paty do Alferes, no interior do estado.
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A polícia esteve na chamada “casa de vidro”, na Zona Oeste do Rio, um dos endereços de Bernardo Bello. Mas quem está morando ali é o jogador do Flamengo Erik Pulgar. Ele mostrou aos policiais que aluga o imóvel da ex-mulher de Bernardo Bello, Tamara Garcia, por R$ 70 mil ao mês, pagos em dinheiro vivo. Tamara é filha do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, morto em 2004. Ela e o jogador não são investigados.
Ao todo, na ação desta quinta-feira (7) ,13 pessoas foram denunciadas. Nove tiveram bens apreendidos e contas bloqueadas, como a mãe de Bernardo, Sonia Maria Rossi.
Além de Bernardo Bello, dois homens ainda são procurados: Diego Braz dos Santos e o ex-policial militar Marcelo Sarmento Mendes. Cinco alvos já estavam na cadeia. Com eles, a polícia apreendeu celulares.
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