Fila de espera para cirurgias eletivas em São Carlos tem mais de 6 mil pacientes

Demanda reprimida aumentou por conta da pandemia. De novembro de 2022 a maio deste ano, mais de 1,6 mil procedimentos já foram realizados. Cerca 6 mil pessoas estão na fila de espera de cirurgias eletivas em São Carlos
Apesar do programa ‘Zerando Filas’, que busca reduzir a fila de espera para cirurgias eletivas em São Carlos (SP), mais de seis mil pacientes ainda aguardam algum procedimento no município.
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A fila de espera para cirurgias eletivas, aquelas que não são consideradas de urgência, cresceu por causa da pandemia, quando apenas procedimentos essenciais eram realizados.
De acordo com a secretária da saúde, Jôra Porfírio, quando os procedimentos foram retomados, os casos mais graves foram atendidos primeiros.
“A gente começou com a fazer os exames que estavam com demanda reprimida, e as cirurgias que tinham maior procura e maior índice de agravamento da situação. A fila de espera para cirurgias de hérnia está quase zerada, tem cerca de 13 pessoas do mês de maio. Para colecistectomica, que é a vesícula, a gente tem menos de 100. A litotripsia zerou também”, explicou.
Secretária da Saúde de São Carlos Jôra Porfírio
Leandro Vicari/EPTV
De novembro de 2022 até maio deste ano, 1,6 mil cirurgias eletivas foram realizadas no município, por meio do programa ‘Zerando Filas’. Os procedimentos são realizado na Santa Casa ou no Hospital Universitário.
Para resolver o problema da demanda reprimida, a prefeitura tenta ampliar os contratos com os hospitais da cidade, além de procurar parceiros de outros municípios.
A dona de casa Marli Pereira está entre os pacientes que aguardam por algum procedimento. Há cinco anos, ela descobriu uma doença no osso da bacia, que provoca dificuldades para sentar, levantar e, até mesmo, andar dentro de casa.
Marli precisa colocar uma prótese, mas apesar das várias consultas que fez, a cirurgia não tem data prevista.
Fila de espera para cirurgias eletivas tem cerca de seis mil pessoas em São Carlos
Leandro Vicari/EPTV
“Eu vou lá, faço exame, eles fazem a promessa, mas, até agora, nada foi realizado”, contou Marli.
Por conta da demora para a realização do procedimento, como consequência, outro problema de saúde começou a aparecer: uma das pernas de Marli tem ficado cada vez mais curta.
“Tem hora que não consigo mais colocar o pé no chão. Isso [a doença] me causa muita dor, o mais difícil é a dor. Espero ter uma vida normal novamente”.
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