VÍDEO: carro que foi parar em cemitério de Caraá após ciclone é retirado por guindaste

Para realizar a retirada, foram utilizados um guindaste, para içar o veículo, e uma escavadeira, para abrir caminho na lama. Caraá registrou cinco mortes durante a passagem do ciclone. Carro que foi parar em cemitério de Caraá após ciclone é retirado por guindaste
O carro que foi parar dentro de um cemitério de Caraá após a passagem do ciclone extratropical na cidade foi retirado de cima dos túmulos nesta terça (20). Foram utilizados um guindaste, para içar o veículo, e uma escavadeira, para abrir caminho na lama que tomou conta do local.
Leia relatos da passagem do ciclone pela cidade
Entenda por que o município foi o mais atingido
O município, a cerca de 90 km de Porto Alegre, é um dos mais que mais sofrem com os efeitos do temporal. De acordo com a Defesa Civil do RS, a cidade registrou cinco das 16 vítimas após a passagem do ciclone no estado.
No sábado (17), o governador Eduardo Leite e os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) sobrevoaram o município.
”Nós vamos fazer uma grande união de esforços para fazer a reconstrução o mais rápido possível e colocar a cidade em condições. Restabelecer a ordem e dar assistência para aquelas famílias, especialmente as que ficaram em situação mais vulnerabilizada”, afirmou o governador.
LEIA TAMBÉM
VÍDEO: filho grava mãe quase submersa durante ciclone
Menino ficou 6 horas em caixa de isopor para sobreviver
De acordo com um laudo da Emater, emitido na segunda-feira (19), as perdas do município na agropecuária são estimadas em R$ 16,3 milhões.
Caraá
As características topográficas do município chamam atenção: apesar de pertencer ao Litoral Norte, Caraá está localizado entre a serra gaúcha e o litoral, em um território com características de vale e cercado por rios, incluindo a nascente do Rio dos Sinos e o Rio Caraá. A cidade também tem relevo acidentado, com encostas e cascatas especialmente próximo ao limite com Riozinho.
Para o professor Francisco Eliseu Aquino, Chefe do Departamento de Geografia da UFRGS, a topografia e a geografia dessa região contribuíram para o aumento da água de forma acelerada.
“A localização de Caraá contribuiu para o desastre. A chuva extrema que ocorreu na região tem escoamento facilitado e acelerado nas encostas e vales. Quando o volume de água chega em Caraá, com cerca de 40 metros de altitude, encontra uma planície e, por isso, inunda”, explica Aquino.
Conhecida pela produção de cana-de-açúcar e seus derivados, o município emancipado há 27 anos tem 8.426 habitantes, de acordo com estimativa do IBGE, sendo o 178º mais populoso do Rio Grande do Sul.
Carro que caiu em cemitério de Caraá durante ciclone foi retirado por guindaste nesta terça (20)
Carlos Eduardo Rosa/CR DRONE
VÍDEOS: Tudo sobre o RS

Adicionar aos favoritos o Link permanente.