Avô de jovem que morreu após ser baleado em colégio do PR pede abraço a repórter em entrevista ao vivo: ‘Nessas horas não adianta palavras’

Avô de aluno morto por assassino que entrou em colégio do PR se emociona em entrevista ao vivo e é acolhido por repórter: ‘Abraço que fortalece. Posso te dar um abraço’. Miro da Silva, avô de Luan Augusto, de 16 anos, morto com um tiro na cabeça em um colégio de Cambé, no norte do Paraná, agradeceu a comunidade e pediu um abraço para repórter como forma de consolo em uma entrada ao vivo no Bom Dia Paraná.
“Nessas horas não adianta palavras, é um abraço, um abraço forte que fortalece. Eu posso te dar um abraço?”, perguntou.
Emocionados, eles se abraçam por um tempo. A repórter Kathulyn Tanan, emocionada, retorna a falar e diz “O jornalismo é a verdade das coisas que estão acontecendo. Então, eu peço desculpas porque eu também me emociono”.
Repórter e Avô de jovem baleado em colégio do paraná se abraçam durante ao vivo
Reprodução/RPC
Durante a entrevista, o avô do jovem relatou o sentimento de dor pela perda do neto que sempre tinha o costume de se despedir dos avós antes de dormir.
“Ele não dormia sem dar benção pro avô com a mãozinha assim, ó, ‘bença vô, bença vó’. Menino do bem demais”, disse.
“Ele não machucou duas famílias, ele machucou a comunidade, o país. A repercussão está tão grande que eu recebo homenagem de pessoas de fora, de vários países que me conhece, que está mandando abraço”, disse avô emocionado.
O jovem Luan Augusto, de 16 anos, morto a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody. O corpo dele foi sepultado no cemitério municipal da cidade às 10h desta terça-feira (20).
Segundo a Polícia Civil, o assassino de 21 anos foi preso e morreu na noite de terça-feira (20), na Casa de Custódia, em Londrina. As causas da morte estão sendo investigadas.
Em depoimento no mesmo dia da prisão, ele disse que não conhecia Luan, e namorada dele, Karoline Verri Alves, 17 anos, que também morreu. O corpo dela foi sepultado na tarde de terça (20). Uma multidão acompanhou o enterro, que foi marcado por aplausos.
Luan foi atingido na segunda (19) no Colégio e levado em estado gravíssimo para o Hospital Universitário (HU) de Londrina, onde morreu durante a madrugada de terça-feira (20).
O sepultamento ocorreu no cemitério municipal da cidade.
Avô de Luan Augusto, de 16 anos, se emociona ao falar dos estudantes mortos em Cambé
Reprodução/RPC
Velório
Aulas suspensas
O prefeito de Cambé, Conrado Scheller (União Brasil), se reuniu nesta terça com representantes das polícias Civil e Militar, atrás de uma garantia de quando as aulas no município serão retomadas. Elas foram suspensas por tempo indeterminado após o duplo assassinato.
“Fiquei satisfeito do trabalho que a polícia está realizando nesse caso. Eles pediram pra esperar a conclusão do inquérito para dar uma garantia da segurança”.
A Polícia Civil não informou quando deve concluir a investigação.
Durante a reunião, Scheller pediu a presença de policiais na frente das escolas, mesmo que temporariamente.
Estudante Luan Augusto tinha de 16 anos e era de Cambé
Redes sociais
O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, garantiu que vai reforçar a segurança de colégios estaduais com novos policiais militares, que estão se formando. São aproximadamente três mil agentes.
O inquérito
A Polícia Civil prendeu outro homem da mesma idade suspeito de ajudar a planejar o episódio que terminou nas mortes dos alunos.
Um adolescente de 13 anos foi conduzido até a delegacia, ouvido e liberado. O delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Amarantino Ribeiro, que conduz as investigações, informou que outros suspeitos podem ser identificados.
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