Situação de usina na Ucrânia é grave, mas controlada, diz ONU

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O diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Rafael Grossi, disse na 5ª feira (15.jun.2023) que a situação da usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, é “grave”, apesar de garantir que a estação está segura por “algum tempo”.

Segundo a agência da ONU (Organização das Nações Unidas), o rompimento da barragem de Nova Kakhovka em 6 de junho elevou o risco de acidente nuclear. Grossi explicou que a possível perda da principal fonte de água de resfriamento da usina é o principal ponto de preocupação.

O chefe da agência nuclear disse que o nível de água do reservatório é suficiente no momento. “Com a água que está aqui, a planta pode ficar segura por algum tempo. A usina vai trabalhar para reabastecer a água para que as funções de segurança possam continuar normalmente”, falou.

Também de acordo com Grossi, em sua 3ª visita a Zaporizhzhia desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, a AIEA recolheu “uma boa quantidade de informações para uma avaliação”. O local permanecerá sob monitoramento.

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ENTENDA

Uma barragem da usina hidrelétrica de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, foi alvo de explosão na madrugada de 3ª feira (6.jun). Kiev e Moscou se acusam mutuamente pelo incidente –a região tem territórios controlados pela Rússia.

A barragem fica na região de Kherson e controla o fluxo de água para dezenas de assentamentos. Também serve como fonte para um canal crucial que leva água para regiões da Crimeia.

Em novembro de 2022, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que qualquer tentativa das forças russas de explodir a usina hidrelétrica de Nova Kakhovka, inundando o território ucraniano e comprometendo a usina nuclear de Zaporizhzhia, significaria que a Rússia está “declarando guerra ao mundo inteiro”.

Em 6 de junho, o ucraniano descreveu o rompimento da barragem como “uma bomba ambiental de destruição em massa”. Também disse que seu país entrou em contato com representantes do TPI (Tribunal Penal Internacional), em Haia, “para envolver a justiça internacional na investigação da destruição da barragem”.

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