Prefeito de Lages vira réu na Operação Mensageiro

O prefeito de Lages, Antônio Ceron (PSD), virou réu na Justiça em desdobramento da Operação Mensageiro nesta quinta-feira (11). A decisão foi tomada pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).

De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Ceron é suspeito de receber propina para favorecer a empresa Versa Engenharia na prestação de serviços de saneamento na cidade.

• Clique aqui e faça parte do nosso grupo de notícias no WhatsApp

Ceron foi preso em 2 de fevereiro na 3ª fase da investigação e teve a prisão domiciliar concedida duas semanas depois. O prefeito da cidade da Serra Catarinense é suspeito de integrar um esquema de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Em 13 de fevereiro, a maioria dos vereadores da Câmara de Lages rejeitou a denúncia feita pelo parlamentar Jair Junior (Podemos) que pedia o impeachment de Antônio Ceron.  Já em 27 de março, os vereadores rejeitaram uma proposta de emenda à lei que visava suspender o salário recebido pelo prefeito ou vice-prefeito do município durante afastamento judicial.

A Versa anteriormente operava contratos em municípios catarinenses como Serrana Engenharia, e mudou de nome em meio às investigações da Operação Mensageiro.

Qual a ligação do município com a Versa

De acordo com documento do MPSC, a empresa teve uma sede no município na década de 1990 e possui contratos com a prefeitura desde 2005. Desde 2011, aponta a investigação, a prefeitura já pagou à Versa (antes, Serrana) ao menos R$ 93 milhões em contratos públicos.

Segundo o processo, os valores pagos de 2011 a 2022 em Lages aumentaram de forma “desproporcional”.

Enquanto em 2011 o valor pago foi de R$ 422 mil, aponta o MPSC, em 2021 os pagamentos escalaram à casa dos R$ 15 milhões. O salto no período foi de 3.559%. Além dos contratos para coleta de lixo, a Versa Engenharia também prestou serviços de iluminação pública no município.

Lixo cresceu mais que população, aponta MPSC e CPI

O contrato que mais pagou à Versa Engenharia em Lages foi o de coleta de lixo. A Operação Mensageiro identificou que o volume registrado de resíduos sólidos recolhidos cresceu desproporcionalmente no município, em comparação com o crescimento populacional. No documento, o MPSC destaca:

A Operação Mensageiro motivou a Câmara de Vereadores de Lages a instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para analisar todos os contratos da Semasa (Secretaria Municipal de Água e Saneamento) da cidade. A comissão foi formada em 2 de março.

Segundo o relator da CPI, o vereador Jair Júnior (Podemos), a Prefeitura de Lages possui três contratos ativos com a Versa. Um contrato emergencial de coleta de lixo, que acaba em agosto de 2023, outro do aterro sanitário, que encerra em dezembro de 2026, e um de iluminação pública, que acaba em maio deste ano.

Via ND+, parceira do Portal Alexandre José.

Leia mais notícias de Blumenau e região

Feirão de mudas frutíferas e ornamentais acontece nesta sexta e sábado na Vila Itoupava, em Blumenau

Blumenau vai iniciar testes com aparelhos controladores e medidores de velocidade; aparelhos já estão sendo instalados na cidade

O post Prefeito de Lages vira réu na Operação Mensageiro apareceu primeiro em ALEXANDRE JOSÉ – Notícias de Blumenau.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.