‘Não são torcedores, são criminosos’, diz governadora de PE após ataque a ônibus do Fortaleza que deixou seis jogadores feridos

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Veículo foi apedrejado quando levava atletas do clube cearense para hotel após o jogo contra o Sport na Arena de Pernambuco. Polícia Civil investiga o caso. Pedras foram arremessadas contra o ônibus do Fortaleza, no Recife
Reprodução/Redes sociais
Após vândalos apedrejarem o ônibus do time do Fortaleza depois do jogo com o Sport na noite da quarta-feira (22), a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), repudiou os ataques. Em uma postagem nas redes sociais, ela disse estar “envergonhada” com esse ataque ocorrido no Recife, que deixou seis jogadores feridos.
“As pessoas responsáveis por esse ato não são torcedores, são criminosos. Futebol e violência não devem se misturar jamais”, afirmou a governadora em seu perfil no X (antigo Twitter).
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Na publicação, Raquel também declarou que o governo vai trabalhar para identificar e punir os culpados. “O futebol é uma paixão nacional e deve sempre unir as pessoas, jamais ser palco para atos violentos. O episódio com o time do Fortaleza é lamentável e será apurado com todo vigor. Como torcedora e pernambucana, fico triste e envergonhada”, disse.
O ataque aconteceu após o empate entre os dois times, que jogaram pela Copa do Nordeste na Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. Quando o ônibus do Fortaleza passava pela BR-232, no bairro do Curado, na Zona Oeste do Recife, a equipe cearense foi surpreendida por pedradas que quebraram as janelas e espalharam estilhaços de vidro no coletivo.
Ônibus do Fortaleza é alvo de pedradas e seis jogadores ficam feridos no Recife
Nas imagens, é possível ver manchas de sangue em alguns dos assentos do veículo (veja vídeo acima).
Ao ge, o CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, contou que também ouviu uma bomba. Um vídeo gravado minutos antes de o ônibus ser atacado mostra integrantes de uma torcida organizada do Sport planejando o crime.
Quem foram os feridos
De acordo com o Fortaleza, seis jogadores feridos no ataque foram levados para o Real Hospital Português, localizado no bairro do Paissandu, na área central do Recife. Na unidade de saúde, os atletas receberam cuidados médicos para a retirada de estilhaços de vidro pelo corpo.
As vítimas do ataque foram:
O goleiro João Ricardo, que ficou ferido com um corte no supercílio;
O lateral-esquerdo Gonzalo Escobar, que sofreu uma pancada na cabeça, um corte na boca e um outro corte no supercílio;
O lateral-direito Dudu, os zagueiros Titi e Brítez e o volante Lucas Sasha ficaram feridos por causa dos estilhaços de vidro e tiveram que conter sangramentos.
Além da aplicação de pontos cirúrgicos, o lateral Escobar também passou por exames de tomografia na cabeça. Todos receberam alta hospitalar por volta das 5h30 desta quinta-feira (22) e voltaram para o Ceará junto com os demais integrantes da delegação do time.
Investigação
O caso foi registrado pela Delegacia de Prazeres como lesão corporal, de acordo com a Polícia Civil. “As investigações seguem com a Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva até o total esclarecimento do caso”, disse a corporação, em nota.
O g1 também entrou em contato com a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), para saber se alguém foi detido e para questionar por que o ônibus com a delegação do Fortaleza não recebeu escolta policial, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Sport repudiou vandalismo
Nas redes sociais, o time pernambucano repudiou a violência sofrida pelos jogadores do Fortaleza e afirmou que tais atos “não condizem com a real conduta e comportamento da torcida rubro-negra, tampouco com os valores do clube”.
Na publicação, o Sport também disse que se colocou à disposição para ajudar na apuração dos fatos e nas investigações para identificar os envolvidos no caso.
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