Decreto de armas de Lula foi “revanche”, diz Sanderson

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O deputado federal e presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Ubiratan Sanderson (PL-RS), afirmou em entrevista ao Poder360 que o decreto de armas do governo Lula foi uma “revanche” a política pró-armas realizada nos últimos anos. 

“Quando ele [Lula] apresenta nas primeiras horas do 1º dia traz consigo uma mensagem de represália, uma mensagem de revanche. E um governo não governa só para os seus eleitores, ele governa para todo o Brasil, ele governa para 220 milhões de brasileiros”, disse. 

Em 1º de janeiro, ao assumir o Executivo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que suspendeu o registro de novas armas de uso restrito de CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores) e interrompeu as autorizações de novos clubes de tiro.

Para o congressista, a ação do governo extrapolou a prerrogativa do Executivo ao baixar o decreto, já que, em sua avaliação, o assunto tem repercussão nacional e cabe legislar sobre o tema.

“Sem discutir com ninguém, sem perguntar nada para ninguém. O parlamento não foi consultado porque podia ter sido encaminhada, por exemplo, uma visita provisória. Manda para o congresso ou um projeto de lei. Vamos discutir, chamar todo mundo, fazer audiências públicas”, afirmou. 

O deputado é autor de um projeto de decreto legislativo que busca revogar o decreto do governo Lula. Sanderson disse confiar que o Congresso irá derrubar a medida adotada pelo Executivo. O texto apresentado pelo congressista aguarda votação do plenário da Câmara. Se aprovado, irá ao Senado. 

Assista à entrevista (42min55s) realizada na 5ª feira (4.mai.2023):

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