BR-470: a frágil malha rodoviária de SC

“As rodovias catarinenses são muito antigas, não receberam adequada manutenção e podem entrar em colapso.” Esta a nova advertência do presidente do Sindicato da Indústria da Carne (Sindicarne), José Antônio Ribas Júnior, ao reiterar que a interdição da BR-470 em Rio do Sul, causada por uma cratera no pavimento, expõe de forma alarmante a fragilidade da infraestrutura e da logística catarinense.

Há algum tempo que Ribas Junior vem advertindo para a precariedade da malha rodoviária e ausência de ferrovias para garantir a preservação do modelo agroindustrial de Santa Catarina, comprometido exatamente por suas deficiências e por imprevistos climáticos. Ele já havia alertado para o risco de fuga de investimentos para o centro-oeste, justamente pela precariedade estadual.

Centenas de caminhões, conduzindo produtos de exportação para os portos catarinenses, são obrigados a desviar o trajeto pela BR-282, já congestionada e perigosa, aumentando o percurso em 130 quilômetros.

A interdição, registrada quarta-feira, tinha previsão de ser encerrada entre 7 e 10 dias. O superintendente do DNIT-SC, engenheiro Alysson de Andrade, mobilizou esforços da empresa contratada para as emergências rodoviárias. Para o novo aterro, com uso de rocha detonada, já foi concluído, com mobilização diária de 50 caminhões. No início, a Amavi incorporou-se à recuperação, fornecendo 10 caminhões.

Deslizamento na BR-470 em Rio do Sul – Foto: Prefeitura de Rio do Sul/Reprodução/ND

O DNIT aproveitou para executar um novo projeto de drenagem para evitar a repetição do incidente. E tratou de executar a pavimentação.

O prazo para conclusão da obra emergencial deve terminar neste fim de semana com a liberação do trânsito de veículos.

Os prejuízos são incalculáveis não só para a economia do Grande Oeste, como também para o transporte de insumos e para o turismo do litoral catarinense.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.