Ex-secretário de Lages preso na Operação Mensageiro é flagrado com celulares e wi-fi em cela

Dois celulares e um repetidor de sinal de internet (wi-fi) foram encontrados na cela do ex-secretário de Meio Ambiente de Lages, Eroni Delfes Rodrigues, preso pela Operação Mensageiro. A revista foi feita pela corregedoria da PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina), que informou o TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) por meio de ofício enviado na última sexta-feira (19). A apuração é da NDTV.

Ex-secretário estava preso no 4º batalhão de polícia militar em Florianópolis desde 2 de fevereiro – Foto: Reprodução/ND

O ex-secretário é policial militar da reserva e está preso no 4º Batalhão de Polícia Militar em Florianópolis desde 2 de fevereiro, quando foi detido na 2ª fase da Operação Mensageiro.

Na mesma data, foram presos o prefeito de Lages, Antônio Ceron, e outro ex-secretário, Antônio Arruda, responsável pela pasta da Administração e Fazenda do município. Eles são suspeitos de integrar um esquema de favorecimento em licitações públicas em troca de propina.

No documento ao qual o Grupo ND teve acesso, o coronel Fabrício Berto da Silveira, corregedor geral da PMSC, informa a desembargadora Cinthia Schaefer, responsável pela Operação Mensageiro no TJSC, sobre o episódio. Ele detalha que a revista foi feita por integrantes da corregedoria em 15 de maio, às 16h30.

Segundo o ofício, Rodrigues e seu colega de cela – um cabo da PM – foram interrogados após a entrevista, e admitiram que eram donos dos dois aparelhos celulares, carregadores, fones de ouvido e do repetidor de sinal de Wi-fi encontrados no local. Conforme a PMSC, os dois negaram saber como os equipamentos teriam entrado na prisão. Afirma ainda um trecho do documento:

“Apesar de bloqueados foi possível identificar ícones de notificação de aplicativos de redes sociais em suas telas, levando a crer existência de acesso à rede de telefonia e à internet.”

Procurada pelo Grupo ND, a defesa de Rodrigues afirmou que só irá se manifestar após ter acesso ao inquérito Policial Militar.

A PMSC alegou que não vai comentar o assunto e que “o devido inquérito policial militar foi instaurado e seguirá os trâmites legais”.

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