Como influenciadores podem promover a conscientização e preservação ambiental na Amazônia

Para bióloga e influenciadora Digital Rúbia Ramalho destaca o papel fundamental dos produtores de conteúdo na preservação da natureza Rio da Amazônia em área de floresta preservada
Marcelo Ferri
Com as redes sociais alcançando cada vez mais pessoas, os influenciadores digitais podem — e devem — assumir um papel relevante no debate sobre a preservação ambiental, principalmente da Amazônia.
No norte do país, alguns influenciadores têm se destacado ao usar suas plataformas para conscientizar sobre os desafios ecológicos enfrentados. E essa união é necessária principalmente em Rondônia, um dos estados com o maior índice de desmatamento da floresta Amazônica.
Na semana passada, dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revelaram que somente neste ano, cerca de 113 km² de floresta foram destruídos em Rondônia, sendo 52 km² somente no mês de abril.
Para a bióloga e influencer digital Rúbia Ramalho, uma parceria entre influenciadores e questões ambientais pode desempenhar um papel crucial na proteção do meio ambiente. Segundo ela, os criadores de conteúdo têm o poder de alcançar um público amplo e diversificado, o que os torna uma ferramenta valiosa para disseminar informações sobre a importância da conservação ambiental.
“Por meio de vídeos, fotos e histórias cativantes, é possível capturar a atenção das pessoas e transmitir mensagens significativas sobre a necessidade de preservar a natureza na região norte”, comentou.
Rúbia Ramalho ressalta ainda que os produtores de conteúdo digital não apenas informam e inspiram, mas também direcionam seus seguidores para ações práticas. Além disso, promovem doações para instituições de conservação, incentivam a adoção de práticas sustentáveis no dia a dia e participam de eventos de conscientização e limpeza.
“Essas iniciativas combinadas têm gerado um impacto tangível na questão ambiental da região norte. Comunidades locais estão cada vez mais envolvidas na preservação dos recursos naturais. Na região norte, onde os desafios ambientais são particularmente significativos, contar com influenciadores comprometidos é uma estratégia promissora para garantir um futuro sustentável”, completou.
Rúbia enfatizou a importância do apoio de diversos órgãos na causa ambiental, e destacou que eles desempenham um papel crucial na abordagem dos maiores desafios que enfrentamos atualmente. Além disso, ela ressaltou que governos e empresas estão enfrentando uma pressão cada vez maior para adotar medidas mais rigorosas de proteção a natureza.
“Os influenciadores são agentes de transformação, mas precisam do apoio de governos, organizações não governamentais e da sociedade como um todo. Somente com uma abordagem integrada e colaborativa poderemos garantir um futuro sustentável para a região norte”, concluiu.
Economia sustentável
Como a Floresta Amazônica é responsável pela qualidade do ar e pela regulação do clima em todo o país e fora dela, sem contar seu importante papel na cadeia produtiva de alimentos e de preservação sociocultural, especialistas buscam por alternativas que contribuam com o desenvolvimento econômico de maneira sustentável do bioma: como a bioeconomia.
A bioeconomia se baseia em um modelo econômico baseado na sustentabilidade. As estratégias desse modelo buscam alternativas que garantam o desenvolvimento da sociedade de forma menos nociva ao meio ambiente.
Segundo estudos já realizados, a floresta amazônica, entre outras inúmeras contribuições, possibilita através das riquezas naturais e biodiversidade, o fornecimento de água nas cidades, a formulação de remédios por meio das plantas, além de ser responsável por boa parte da qualidade do ar e da regulação do clima e, sobretudo, possui um importante papel na cadeia produtiva.
Desmatamento, meio ambiente, Amazônia, terras indígenas
Ueslei Marcelino/Reuters

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