VÍDEO: O relógio que pertenceu ao último imperador da China e foi leiloado por quase R$ 30 milhões

Modelo Reference 96 Quantieme Lune, fabricado por uma empresa suíça, foi vendido 70% acima da expectativa inicial. Relógio que pertenceu ao último imperador da China é leiloado por quase R$ 30 milhões
Um relógio de pulso da empresa suíça Patek Philippe, que pertenceu ao último imperador da China, foi vendido por mais de US$ 6 milhões (cerca de R$ 29,8 milhões) em um leilão realizado nesta terça-feira (23), em Hong Kong.
O modelo Reference 96 Quantieme Lune pertenceu originalmente a Aisin-Gioro Puyi, o último monarca da dinastia chinesa Qing.
Puyi se tornou imperador em 1908, com apenas dois anos de idade, e sua vida foi imortalizada no filme “O Último Imperador”, dirigido por Bernardo Bertolucci, vencedor do Oscar.
Mais de duas décadas depois, Puyi foi colocado como imperador do Estado fantoche da Manchúria, então ocupada pelos japoneses, antes de ser capturado em 1945 após a queda do Japão e levado para um campo de prisioneiros soviético.
A casa de leilões britânica Phillips disse ter documentos que mostram que Puyi levou o relógio para o campo.
A expectativa inicial era que a peça fosse vendida por cerca de US$ 3 milhões (quase R$ 15 milhões). Após cinco minutos de lances, acabou sendo arrematado por US$ 5,1 milhões (em torno de R$ 25,3 milhões).
Relógio pertenceu ao último imperador da China e foi leiloado por quase R$ 30 milhões.
Peter Parks/AFP
O modelo do relógio tem o desenho de uma fase lunar em forma de coroa em seu mostrador. Conforme as memórias do sobrinho de Puyi, Aisin-Gioro Yuyuan, o relógio era um “objeto pessoal” do imperador deposto, que o entregou a seu intérprete russo para que o guardasse quando saiu da prisão.
Russell Working, um jornalista que entrevistou o tradutor russo há 20 anos, disse à AFP que o intérprete idoso não tinha ideia do valor da peça.
“De repente, depois de tantos anos, surgiu como uma caixa de tesouro na praia”, disse Working, que fez parte da equipe de pesquisa para o leilão.
Embora tenha significativo valor histórico, este Patek Philippe está longe de ser o relógio mais caro já vendido em um leilão.
Em 2019, um Patek Philipe “Grandmaster Chime” foi vendido por US$ 31 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão). Este relógio seria o mais complexo já produzido pela relojoaria de luxo.
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