Tendência mostra mais pessoas morando sozinhas; mas adiando a saída da casa dos pais

Se antes morar sozinho era associado à tristeza, hoje é tendência de mercado. Existe até um nome para ela: movimento “single” (único, em inglês). Só no Brasil, 11,8 milhões de imóveis são ocupados por apenas uma pessoa. O número representa 15,9% de todos os domicílios no país. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e se referem ao ano passado (2022).

Por outro lado, se sair de casa por conta própria sempre foi visto como um grande marco da vida adulta, hoje, muita gente prefere morar na casa dos pais — e não tem vergonha de dizer isso. As gerações mais jovens estão preferindo adiar a saída de casa para economizar em despesas como aluguel e alimentação. Além disso, alguns também estão “trocando a estadia” por cuidados com familiares mais velhos.

Sozinhas

A proporção de lares unipessoais é a maior desde 2012, quando começa a série histórica do IBGE. Há 11 anos, somente 12,2% das residências eram ocupadas por apenas uma pessoa. Esse número só tende a aumentar. A empresa de pesquisa de mercado Euromonitor Internacional, por exemplo, estimou que entre 2019 e 2030 os lares ocupados por uma só pessoa irão crescer 23,4% em todo o mundo.

Mais velhas

Por mais curioso que possa parecer, a maioria das pessoas que moram sozinhas não são jovens universitários ou em começo de carreira. As pessoas entre 15 a 29 anos, inclusive, representam apenas 12,3% do público single no Brasil.

A maioria dos lares unipessoais no Brasil, de acordo com os dados apurados pelo IBGE, são ocupados por homens entre 30 a 59 anos. Eles representam 55,9% dessa faixa etária a morarem sozinhos. Já as mulheres são maioria entre 60 ou mais anos de idade (57,5% do total). Entre o total de faixas etárias, elas são 44,6%.

Na casa dos pais

Por outro lado, outra tendência começa a se desenvolver. Lutando para suportar os altos custos de habitação, nos últimos 20 anos, houve um aumento de pessoas mais velhas que estão adiando a saída da casa dos pais. E isso não se restringe ao Brasil. Por exemplo, de 87% dos americanos entre 25 e 34 anos que ainda não saíram de casa.

Com a dificuldade de abrir mão de um padrão de vida mais alto, em 2022, quase 16% dos dos adultos de média idade EUA viviam com os pais.


#agoranovale

foto: Freepik

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