Metrô rompe contrato com Consórcio KPE Coesa responsável pela construção da Linha 17-Ouro; ViaMobilidade pode assumir obras

Documento rescisório foi publicado no site da Companhia no dia 19 de maio; governador Tarcísio afirmou que deverá fazer aditivo de contrato para a ViaMobilidade

WILLIAN MOREIRA

O Governo do Estado de São Paulo e Metrô anunciaram na noite desta segunda-feira, 22 de maio de 2023, a rescisão em definitivo do contrato com o Consórcio Monotrilho Ouro (CMO) formado pelas empresas KPE e Coesa Engenharia, para a conclusão das obras de construção da Linha 17-Ouro do monotrilho na capital paulista.

O documento foi publicado no site oficial da Companhia no dia 19 de maio de 2023:


A decisão, que foi tomada devido a atrasos sem justificativas plausíveis e que afetaram o já prejudicado cronograma das obras, vem acompanhada de uma multa de mais de R$ 118 milhões e a suspensão da participação em novos contratos públicos por um período de dois anos.

Desde janeiro deste ano as exigências haviam aumentado para o CMO com a finalidade de recuperar os prazos perdidos e permitir a entrega na gestão atual do governo Tarcísio de Freitas, porém este objetivo não foi alcançado.

De acordo com o Governo, romper este contrato não afeta o  ritmo de fabricação dos trens e de instalação de sistemas, com a previsão de em agosto ser enviado para a China, um grupo de funcionários do Metrô para acompanhar os testes dos sistemas e material rodante (trens) do Consórcio BYD Skyrail São Paulo, responsável por esse fornecimento.



A partir de agora três possibilidades de continuar a obra serão tomados, sendo os seguintes:

– Contratar uma das empresas remanescentes que foram classificadas na licitação já realizada;
– Pactuar que as obras pendentes sejam executadas pela futura operadora da linha 17-Ouro (ViaMobilidade)
– Realizar uma nova licitação.

Em coletiva para a imprensa, durante evento sobre a Rede Lucy Montoro nesta segunda (22), o governador Tarcísio afirmou que a melhor solução, entre as opções na mesa, é fazer um aditivo de contrato da concessão da futura linha, já concedida para a ViaMobilidade.

Solicitar para a concessionária concluir a obra será avaliado. Além disso, a projeção de Freitas é entregar as oito estações para a população até junho de 2026.

Como mostrou o Diário do Transporte, houve vários entraves e problemas na construção desta linha, inclusive em março deste ano o Governo do Estado havia anunciado a intenção de romper o contrato com o consórcio.

Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2023/03/02/governo-de-sao-paulo-vai-romper-contrato-com-consorcio-da-linha-17-ouro-de-monotrilho/

Willian Moreira para o Diário do Transporte

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