Governo sobe para R$ 136 bi projeção de rombo nas contas de 2023

O Ministério do Planejamento e Orçamento aumentou de R$ 107,6 bilhões para R$ 136,2 bilhões a projeção para o deficit primário –quando desconsiderado o pagamento de juros da dívida pública– de 2023. Eis a íntegra (743 KB) do relatório divulgado nesta 2ª feira (22.mar.2023).

Em termos percentuais, o rombo nas contas públicas esperado para este ano passou de 1% para 1,3% do PIB (Produto Interno Bruto). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, em janeiro, que queria reduzir o rombo fiscal para menos de 1% do PIB neste ano.

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O governo reduziu de R$ 2,375 trilhões para R$ 2,367 trilhões a estimativa para as receitas primárias, uma queda de R$ 8,5 bilhões. Já as despesas aumentaram de R$ 2,023 trilhões para R$ 2,048 trilhões, uma alta de R$ 24,2 bilhões.

Segundo o governo, o aumento das despesas obrigatórias indica a necessidade de bloquear os gastos discricionários –que não são obrigatórios– em R$ 1,7 bilhão.

O excesso representa 0,09% em relação ao limite total do Teto de Gastos (R$ 1.945,3 bilhões) e 0,87% em relação ao total de despesas discricionárias do Poder Executivo (R$ 193,9 bilhões)”, diz o relatório.

PROJEÇÕES

O Ministério do Planejamento e Orçamento estima uma taxa de 5,58% no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2023, que mede a inflação oficial do país. Aumentou em relação à projeção de março, quando era de 5,31%.

Conforme antecipado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) subiu de 1,61% para 1,91% em 2023. Ele disse que o cálculo é técnico: “Não tem questão política”.

Nesta 2ª feira (22.mai.2023), o BC (Banco Central) divulgou o Boletim Focus –que traz projeções do mercado financeiro– com estimativa de 5,8% para a inflação de 2023.

O governo também aumentou de 5,16% para 5,34% a estimativa para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), usado para reajustar o salário mínimo e o piso das aposentadorias e pensões.

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