Pacientes com sintomas de dengue e chikungunya reclamam de demora para atendimento em UPAs de BH

Prefeitura abriu cinco centros de saúde neste sábado (20) para o atendimento da população. Pacientes à espera de atendimento em UPA de BH neste sábado (20)
TV Globo/ Reprodução
Pacientes reclamam de demora e longas filas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Belo Horizonte.
Na UPA Santa Terezinha, na Região da Pampulha, muitas pessoas aguardavam atendimento na tarde deste sábado (20), a maioria com os mesmos sintomas.
“Eu vim acompanhar meu esposo. Ele está com muita dor, febre e dor de cabeça”, disse a manicure Dayane de Araújo.
Em Minas Gerais, já foram confirmados 162.572 casos de dengue e 88 mortes neste ano. O estado também enfrenta uma epidemia de chikungunya, com 31.626 casos confirmados da doença e 18 óbitos.
De acordo com o Ministério da Saúde, Minas Gerais é o segundo estado do país com a maior incidência das duas doenças, índice que leva em conta o total de casos prováveis e o tamanho da população.
Para atender à demanda, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte ampliou o atendimento nos centros de saúde aos fins de semana. O município também manteve as teleconsultas para pacientes com sintomas de dengue, chikungunya ou doenças respiratórias.
A filha da Eliane de 15 anos foi diagnosticada com dengue na última terça feira. Neste sábado, a jovem piorou, e a mãe a levou para a UPA Norte. Foram cinco horas de espera para o atendimento.
“Além de ela estar com anemia, juntou a dengue e a pressão dela caiu, eu fiquei muito preocupada e corri com ela para a UPA”, contou a produtora de limpeza Eliane Monteiro.
UPA Norte, em Belo Horizonte, neste sábado (20)
TV Globo/ Reprodução
A dona de casa Nayane de Souza desistiu de esperar e foi para casa.
“Eu estou cheia de roxo na perna, tenho problema de coração, e eles não me atenderam até agora. É horrível”, falou.
Mesmo com a demora para conseguir atendimento, especialistas alertam que pacientes com suspeita de dengue ou chikungunya precisam passar por avaliação médica.
“No caso da dengue, por exemplo, com a queda de plaquetas, alguns medicamentos são contraindicados, então, às vezes, usar um anti-inflamatório para um caso de dengue que vai ficar grave no futuro pode ser arriscado”, afirmou o infectologista Leandro Curi.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que as UPAs têm “apresentado um aumento na procura por atendimento, motivado por sintomas de doenças respiratórias e as arboviroses, como dengue e chikungunya”.
O município destacou que, além das UPAs, cinco centros de saúde foram abertos neste sábado para o atendimento da população.
“Neste sábado, a UPA Norte contava no plantão com 10 médicos, sendo clínicos, pediatras, cirurgião e ortopedista. Das 7h às 18h foram atendidas 135 pessoas. Na UPA Pampulha o plantão contava com 8 médicos, sendo clínicos, pediatras e cirurgião. Das 7h às 18h foram atendidas 84 pessoas, sendo 68 classificados como casos leves”, disse a prefeitura.
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