São Carlos, Araraquara e região têm recorde de registros de estupros em 22 anos, diz SSP; veja dados

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Aumento em relação a 2022 foi de 9,9%. Dados são de boletins de ocorrência de 42 cidades. Estupros batem recorde na região em 2023
Kemmido/Freepik
Com total de 598 casos em 2023, as 42 cidades da região de cobertura do g1 São Carlos e Araraquara registraram um recorde neste tipo de crime, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgados na sexta-feira (26).
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Em 2022, a região havia batido recorde de incidência desse crime com 544 casos. O número de 2023 representa um aumento de 9,9% (veja gráfico abaixo).
Saiba onde vítimas de violência sexual podem buscar ajuda em São Carlos, Araraquara e região
Os 598 casos de estupro na região em 2023 é o maior índice da série histórica. Os dados começaram a ser divulgados em 2001, quando foram registrados 95 estupros na região. Em 2009, entretanto, a legislação sobre o crime mudou, e passou a considerar estupro qualquer ato sexual praticado com sem consentimento e não apenas a conjunção carnal. Isso levou ao um aumento expressivo nos registros .
Recorde de casos em 2023
Casos de estupro aumentaram em 2023
Kemmido/Freepik
Das 42 cidades da região, 21 apresentaram queda de estupros em 2023 comparado com o ano anterior, entre elas Corumbataí e Motuca, que não tiveram ocorrência.
Outras 20 cidades registraram mais estupros em 2023 do que em 2022, e uma teve o mesmo número (veja tabela abaixo).
Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, Araraquara se destaca com 76 comunicações de estupro (53 deles de vulneráveis). Embora alto, o número representa uma queda de 11,6% em relação a 2022.
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Casos de estupro nas cidades da região
Como fazer uma denúncia de estupro?
Crime de estupro é qualquer conduta com uso de ameaça ou violência que atente contra a dignidade e liberdade sexual de alguém, segundo lei brasileira de 2009.
Não é preciso haver penetração para ser estupro. Sexo oral, masturbação e ejaculação são crimes caracterizados como estupro.
Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Carlos
Nilson Porcel/EPTV
1 – O que fazer primeiro?
A primeira orientação é procurar a delegacia mais próxima — já que o boletim de ocorrência pode ser feito em qualquer uma delas. Mas, caso a vítima prefira atendimento especializado, é possível procurar as Delegacias da Mulher.
2 – Posso fazer o boletim por telefone ou pela internet?
Não é possível fazer o boletim de ocorrência por estupro pela internet. Por telefone, pode-se ligar para 180 (Central de Atendimento à Mulher) para obter mais informações. No entanto, ainda assim será necessário comparecer a uma delegacia.
3 – É preciso ter provas?
O relato é suficiente para dar início à investigação. Contudo, caso a vítima possa levar testemunhas e seja capaz de descrever ou tenha conhecimento do autor do crime, a investigação é facilitada.
4 – É preciso levar documento de identificação?
É importante para agilizar o atendimento, mas a identificação não é imprescindível. É possível fazer o levantamento da identificação na própria delegacia caso a vítima esteja sem os documentos.
5 – É preciso ir ao Instituto Médico Legal?
A perícia no Instituto Médico Legal vai depender de cada caso e só será pedida se houve agressão física e estupro consumado.
6 – Há o fornecimento de medicamentos?
Em casos de estupro com penetração, a vítima deve receber rapidamente a pílula do dia seguinte e a profilaxia para prevenção ao vírus HIV, à hepatite e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis. Os remédios são fornecidos gratuitamente pelos serviços de saúde pública até 72 horas após o crime.
7 – Qual o prazo para realizar o boletim de ocorrência?
Por lei, a vítima tem até seis meses para fazer o boletim de ocorrência.
8 – Pode pedir para ser atendida por uma delegada mulher?
É possível sim fazer o pedido, mas nem sempre ele será atendido em todas as delegacias. Só a Delegacia da Mulher está preparada para atender essa demanda.
9 – Pode pedir acompanhamento policial para voltar para a casa?
Sim, caso a vítima se sinta ameaçada, é possível pedir acompanhamento para retornar à residência.
G1 Explica: estupro virtual
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