TCE-RJ concede 360 dias de férias a Brazão, citado no caso Marielle

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O TCE-RJ (Tribunal de Consta do Estado do Rio de Janeiro) concedeu a Domingos Brazão, supostamente citado nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, 360 dias de férias.

A decisão foi tomada pelo Conselho Superior de Administração do tribunal. Além de Brazão, José Maurício Nolasco também ganhou o mesmo direito. Ambos são conselheiros do TCE-RJ.

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Os dias de férias dizem respeito ao período de 2017 a 2022, quando nenhum dos 2 usou o direito. Estavam afastados do cargo por suposto envolvimento em esquema de corrupção (leia mais abaixo sobre a operação Quinto do Ouro).

Há possibilidade de os dias de férias concedidos aos 2 conselheiros serem convertidos em dinheiro. Segundo o TCE-RJ, até o momento, eles não informaram qual opção irão escolher. “Destaca-se que, até o momento, não houve pedido de conversão de férias em pecúnia”, afirmou.

O Poder360 perguntou à assessoria de imprensa do tribunal qual seria a quantia a ser recebida pelos conselheiros caso escolham não tirar os 360 dias de férias e tentou contato com Brazão e Nolasco, por meio de e-mail. Entretanto, não obteve reposta até a publicação deste post. O espaço segue aberto para manifestação.

BRAZÃO E O CASO MARIELLE

Na 3ª feira (23.jan), o The Intercept Brasil publicou uma reportagem sobre uma suposta delação de Ronnie Lessa, apontado como um dos supostos executores do assassinato de Marielle. Ele teria indicado Domingos Brazão como um dos mandantes.

Na mesma data, a PF (Polícia Federal) divulgou uma nota em que nega a existência de mais de uma delação oficial no caso do crime contra a vereadora carioca e seu motorista. Segundo a corporação, “até o momento, ocorreu uma única delação na apuração do caso, devidamente homologada pelo Poder Judiciário”.

A delação citada na nota é a do ex-policial militar Élcio de Queiroz, que confessou ter dirigido o carro usado no crime. Os detalhes do depoimento se tornaram públicos em julho de 2023.

Em entrevista ao Metrópoles, Brazão nega as acusações. “Não mandei matar Marielle”, declarou. Para o político, “ninguém lucrou mais com o assassinato da vereadora do que o próprio Psol”. Ele também nega conhecer Ronnie Lessa.

OPERAÇÃO QUINTO DO OURO

Brazão e Nolasco foram presos temporariamente em 2017, depois de serem alvos da operação da PF (Polícia Federal) nomeada Quinto do Ouro, que investigava pagamento de propina a integrantes do TCE-RJ.

Na época, outros 3 conselheiros também foram alvos de mandados de prisão na mesma operação.

Durante o período em que estiveram afastados, tanto Brazão quanto Nolasco receberam regularmente seus salários. Retornaram aos respectivos cargos em 2023.

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