Presidente da Abicom critica nova política de preços da Petrobras: ‘Gera insegurança’

Para Sérgio Araújo, a medida da estatal pode gerar “falta de previsibilidade” e “insegurança” para a realização de importações. Na nova política, fica revogada a fórmula da Paridade de Preço de Importação (PPI), baseada nas oscilações do dólar e do mercado internacional de óleo. Presidente da Abicom critica nova política de preços da Petrobras: ‘Gera insegurança’
O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, criticou a nova política de preços anunciada pela Petrobras na manhã desta terça-feira (16). Segundo Araújo, a medida da estatal pode gerar uma série de problemas.
Na nova política, fica revogada a fórmula da Paridade de Preço de Importação (PPI), baseada nas oscilações do dólar e do mercado internacional de óleo, e que contabilizava também os custos logísticos com transporte e taxas portuárias, por exemplo.
“Gera falta de previsibilidade, gera insegurança para a realização de importações, até para outros agentes produtores de combustíveis, gasolina e óleo diesel. Isso pode retrair as operações de importação, pode dificultar a realização de investimentos”, afirma Sérgio Araújo.
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O especialista em derivados do petróleo Amance Boutin explicou que, nesse momento, é possível oferecer redução às refinarias sem ferir a política de importação, porque os preços também estão favoráveis no exterior – a dúvida do mercado é como a empresa vai se comportar quando o cenário for o contrário.
“A condição do mercado internacional e do câmbio faz que isso seja possível sem ferir, realmente os investidores, até a própria margem da Petrobras, porque o mercado está indo nessa direção. O que realmente vai ser um teste para essa nova política de preços é quando a direção for contrária de preço, seja por motivo de câmbio, ou do mercado voltar a subir”, diz.

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