Bilhete permite à polícia chegar até mulher que era mantida em cárcere privado pelo ex-companheiro em Belo Horizonte

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Mulher escreveu no caderno do filho, de 4 anos, um bilhete com o pedido de socorro. O menino também foi mantido em cárcere privado pelo padrasto, mas após chorar muito, foi liberado para ir à escola. Bilhete permite à polícia resgatar mulher de cárcere privado
Um bilhete permitiu à polícia de Minas Gerais libertar uma mulher que era mantida trancada pelo ex-companheiro.
As marcas de agressão estão nas costas, no olho. A mulher disse que estava sendo mantida em cárcere privado pelo ex-companheiro.
“Ele arrombou o meu portão, pulou a janela do meu quarto e começou a me agredir. Me deixou em cárcere privado de sexta-feira até hoje. Achei que eu ia morrer. Eu achei que eu ia deixar meu filho pequeno. Estava com muito, muito, muito medo. Nunca tive tanto medo dele igual eu tenho agora”, conta, sem se identificar.
Ela relatou que os dois estavam juntos há dois anos e moravam na mesma casa há três meses, mas ela pediu a separação e as agressões aumentaram.
O filho da vítima, de 4 anos, também foi mantido em cárcere privado pelo padrasto, mas nesta terça-feira (16), ele chorou muito porque queria ir à escola. O padrasto cedeu e aí a mulher teve uma ideia que salvou a vida dela: ela escreveu no caderno do menino um bilhete com o pedido de socorro. A professora leu e chamou a Guarda Municipal.
“Nós levantamos o endereço junto da escola da mãe e fizemos um contato com a PM também, que deu apoio. E conseguimos lograr êxito aí na localização da mãe e o cidadão também estava dentro da residência”, diz Fábio Lopes de Souza, guarda municipal.
Renan Felipe Santiago, de 34 anos, está preso. A mulher já havia registrado boletim de ocorrência contra ele por agressão no mês passado e diz que tinha medida protetiva.
Segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública de Minas, o agressor ficou preso de 26 a 29 de abril e foi solto com a obrigação de usar uma tornozeleira eletrônica, o que não o impediu de se aproximar da casa.
“Que ele fique preso até eu arrumar a minha casa, para ele não saber endereço meu, para ele nunca mais me procurar. O que eu passei e o que meu filho passou, eu não quero passar mais”, afirma a vítima.
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