Pré-candidatura no Rio foi a melhor blindagem para Ramagem

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Ex-diretor-geral da Abin foi alvo de operação da Polícia Federal que investiga uso indevido da agência. Alexandre Ramagem, cuja nomeação como diretor-geral da PF foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes
Adriano Machado/Reuters
A pré-candidatura de Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio deu a ele, e ao bolsonarismo, o principal argumento para sua defesa: Ramagem é vítima de perseguição política. O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal foi alvo de buscas nesta quinta-feira (25).
Ramagem tinha acesso a dados da investigação sobre ele
Não é possível afirmar que o lançamento de seu nome foi premeditado para criar esta “narrativa”, palavra preferida do dialeto “bolsonarês”, mas é fato que seu nome foi confirmado duas semanas após a Polícia Federal deflagrar uma operação para investigar os crimes de espionagem na Abin.
O anúncio da iminente candidatura foi feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante um evento em Goiânia no dia 27 de outubro. Bolsonaro afirmou: “Ramagem, a princípio, é o nosso candidato no Rio de Janeiro”.
O ex-chefe da Abin atropelou nomes com maior densidade eleitoral dentro do PL. Flávio e Braga Netto eram os planos A e B do partido. Como plano C, o PL apostava em nomes como o do senador Carlos Portinho e até do general Pazuello.
A opção por Ramagem, que obteve 59 mil votos para deputado federal, foi uma surpresa. Tanto que, nos bastidores da política do Rio, havia a dúvida se a candidatura de Ramagem era para valer ou se proteger.
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