Dias antes de ser presa, esposa do ‘Faraó dos Bitcoins’ postou texto motivacional e selfie na Times Square; mulher ficou foragida por dois anos

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Mirelis Diaz Zerpa era ativa pelo Instagram e mostrava uso da IA nas artes, além de postar textos motivacionais. Acusada de, junto ao marido, comandar esquema que movimentou cerca de R$ 38 bilhões, mulher passou dois anos e meio foragida. Mirelis era ativa nas redes sociais
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Mirelis Diaz Zerpa, venezuelana que passou dois anos e meio foragida da polícia, mantinha uma vida ativa nas redes sociais e, além de montagens com inteligência artificial, compartilhava fotos e textos motivacionais.
Esposa do “Faraó dos Bitcoins”, ela foi presa na quarta-feira (24) em uma operação da Polícia Federal, com o U.S Immigrations and Customs Enforcement (ICE) e o Serviço Secreto norte-americano.
Ela é acusada de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de dinheiro e integração de organização criminosa. Mesmo procurada pela polícia brasileira e sendo considerada foragida, a venezuelana Mirelis Diaz Zerpa parecia não se importar com sua condição na Justiça.
Dinheiro apreendido pela PF em operação que prendeu suspeito de golpe pirâmide é contado
Ela fazia lives e interagia com seguidores em vídeos e fotos em todo esse tempo.
Um dia antes de ser presa, Mirelis fez um post, em espanhol, afirmando que a qualidade da vida “é forjada na medida em que estamos dispostos a investir em nós mesmos, sem deixar que as opiniões alheias ditem o nosso caminho”.
Ela demonstra ainda não se importar com muitas opiniões, e diz: “Cada dia é uma oportunidade para apostar em nossos sonhos, objetivos e paixões, não importa o que os outros possam pensar ou dizer”.
“Lembre de que a autoconfiança e a coragem para seguir o nosso próprio caminho são as chaves para alcançar a plenitude e o sucesso. Então, siga em frente, confie em si mesmo e não tenha medo de apostar alto no seu crescimento pessoal. Sua vida é sua para viver ao máximo, sem restrições impostas pela percepção dos outros”, completa ela.
Mesmo foragida, Mirelis postou foto em ponto turístico de Nova York
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No dia anterior, ela tinha publicado uma selfie na Times Square, famoso ponto turístico de Nova York. Ao fundo da foto, aparece o monumento de George M. Cohan. Na legenda, ela escreveu: “A vida nos dá lições, e a gratidão nos ensina a aprecia-las”.
Em um comentário, um homem deseja proteção a ela e diz: “Acreditamos em você”.
No Ano Novo, ela gravou um vídeo na neve desejando um bom 2024 aos seguidores.
Em uma recente situação envolvendo Whindersson Nunes, ela prestou solidariedade ao artista e disse que estava disponível para ajudar.
No caso, uma jovem morreu depois que foi vítima de uma fake news que a acusava de ser um affair de Whindersson. Mirelis gravou um vídeo em que ouve todo o desabafo do artista.
“Se precisar de alguma ajuda para tornar essa lei realidade, estou aqui”, escreveu ela, referindo-se a uma lei para combater fake news.
Mulher do ‘Faraó dos Bitcoins’ fez post motivacional antes de ser presa
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Em uma live no ano passado, houve quem cobrasse dinheiro perdido em investimentos (veja acima), quem a chamasse para novos negócios e quem a xingasse. Mas Mirelis preocupou-se apenas em agradar os seguidores e prometer novos conteúdos para a rede social.
“Irei criar mais conteúdo, conteúdo de artes, e por enquanto, sigo por aqui, ouvindo minhas músicas”, disse ao encerrar a live.
Quem é ‘Faraó dos Bitcoins’
Até 2014, Glaidson Acácio dos Santos recebia pouco mais de R$ 800 como garçom, em um restaurante chique na Orla Bardot, em Búzios, Região dos Lagos. Em 7 anos, tornou-se milionário que movimentou pelo menos R$ 2 bilhões em uma empresa suspeita de aplicar o golpe conhecido como “pirâmide”.
A GAS Consultoria Bitcoin, empresa de Glaidson, prometia 10% de lucro em investimentos de clientes no mercado de criptomoeadas. Segundo a investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), que levou à prisão de Glaidson, a firma nem chegava a investir em bitcoins – os lucros eram pagos aos clientes enquanto o dinheiro de outros entrava.
Com a GAS, Glaidson conseguiu ascensão e acumulou fortuna. Mais de R$ 7 milhões foram apreendidos em uma casa em Búzios, balneário vizinho a Cabo Frio, em 2021. O dinheiro estava em três malas e seria levado para São Paulo por um casal que trabalha para empresa dele.
A casa do empresário, em Cabo Frio, é avaliada em R$ 9 milhões, tem segurança e carros de luxo na porta.
Mas ele foi preso no Rio, em outra mansão. Lá, foram encontrados mais de R$ 13,8 milhões em dinheiro, e até barras de ouro.
Um policial afirmou que não tinha visto tanta quantidade de dinheiro em espécie nem nas apreensões da Operação Lava Jato.
Além de reais, havia 100 libras esterlinas, dólares e euros. Na garagem, foram achados um Porsche e uma BMW.
A GAS Consultoria Bitcoin, empresa de Glaidson, foi investigada por dois anos. Em um depoimento à polícia, ele chegou a negar que mexesse com criptomoedas. Afirmou que atuava com inteligência artificial, tecnologia da informação e produção de softwares.

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