Comer é viajar: conheça a diversidade da culinária internacional da cidade de SP

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Série do Bom Dia São Paulo, da TV Globo, mostra a gastronomia na capital paulista para celebrar os 470 anos da cidade, comemorado nesta quinta-feira (25). Comer é viajar: conheça a diversidade da culinária internacional da cidade de São Paulo
Reprodução/TV Globo
São Paulo é conhecida por sua diversidade gastronômica, que permite conhecer diferentes países sem sair da cidade. São restaurantes que trazem o melhor de cada continente.
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Para celebrar o aniversário de 470 anos da capital, uma série de reportagens do Bom Dia São Paulo mostra exatamente essa diversidade que permite “viajar” até um país dentro de São Paulo. Veja abaixo:
África
Comer é viajar: conheça a gastronomia da África na capital paulista
Verde, vermelho e amarelo. Essas são as cores na bandeira de Camarões e predominam no restaurante Biyou’z da camaronesa Melanito Byyouha, que fica na Consolação, no Centro da capital.
A chef Melanito está no Brasil desde 2003. Ela conta que veio passar uma temporada de férias, mas se apaixonou pela cidade e viu uma oportunidade para ficar de vez.
“Descobri, primeiro, que São Paulo era a capital que tinha muitos artistas e que tinha muitos africanos espalhados. A gente encontrava todos os países, todas as culturas aqui. Então, para minha segurança, escolhi a cidade para ficar”, afirma.
“Reparei também que São Paulo tinha muitos restaurantes franceses, de outros países. Então, para mim, foi uma oportunidade abrir o restaurante para poder valorizar, ensinar e mostrar o que o continente africano tem”.
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Chef Melanito Byyouha
Reprodução/TV Globo
A primeira unidade do restaurante de Melanito nasceu em 2008 e, até hoje, é a própria chefe quem prepara tudo.
Ela convidou a reportagem da TV Globo para acompanhar da cozinha um dos principais pratos da casa. “Já que comer é viajar, vamos viajar então para o Camarões”, disse Melanito (veja no vídeo acima a receita do principal prato).
Gastronia de Camarões na capital paulista
TV Globo
Atualmente, o restaurante Biyou’z tem duas unidades na capital, e o cardápio também foi ampliado. São oferecidos pratos típicos de mais 10 países africanos.
Segundo Melanito, muitos clientes vão ao restaurante procurando sair daquele prato feito tradicional com arroz e feijão.
“O sabor é muito gostoso. Eu nunca tinha experimentado a culinária africana. É uma mistura de sabor. Tem uma pimentinha aqui que deixa o prato mais picante e me lembrou muito um cozido por conta dos ingredientes. Tem sabor da banana. Doce com salgado”, afirmou Renato Tanjoni, administrador de empresas
“O termo ‘culinária africana’ chamou atenção. Nunca tínhamos provado. Apesar de ter ingredientes muito simples, como espinafre, farinha feijão, tinha um tempero muito diferente e fora do que estou habituada. Como visual é bem diferente, você sente em outro país”, afirmou Amanda Vidal.
Sudeste da Ásia
“Comer é viajar” apresenta a gastronomia do Vietnã
Um restaurante no Bom Retiro, Centro de São Paulo, tem como objetivo levar o cliente a um passeio pela culinária vietnamita.
Quando as portas se abrem, a cozinha não para um segundo. É até difícil acompanhar o ritmo do chef Yong Shin, que no Brasil adotou o nome de chef Alex. Ele abriu o restaurante em 2016, 11 anos depois de chegar ao Brasil vindo da Coreia do Sul.
“Trabalhei lá na Coreia num restaurante que era franquia de comida vietnamita, e aqui não tinha muita comida vietnamita. Os temperos são bem diferentes, mais verduras”
O carro chefe do restaurante é conhecido como “pho”, que leva um caldo que demora quase dois dias para ficar pronto(veja no vídeo acima a receita do principal prato).
“Esse caldo eu esquento peito do boi pelo menos 30 ou 35 quilos e a carne cozinha pelo menos três horas. Depois, se cozinha separado o osso. Em seguida, mistura com essa carne o caldo de osso. Aí junta e coloca verdura, cebolinha, cebola, gengibre”.
Para o chef, o segredo do prato é colocar canela em pau, coentro, pimenta do reino e anis.
Chef Yong Shin em restaurante de comida do Vietnã em SP
Reprodução/TV Globo
O Vietnã mesmo fica a mais de 17 mil quilômetros de distância do Brasil. Esse pequeno tigre asiático é uma república socialista. Tem como capital a cidade de Hanói e possui quase 100 milhões de habitantes. E é lá fica uma das sete maravilhas naturais do mundo.
O país que já foi muito pobre e passou por várias guerras. Hoje, está entre os principais exportadores de arroz, café, pescados e pimenta. E por falar em pimenta, essa não pode faltar no prato, principalmente no pho.
Chef Yong Shin em restaurante de comida do Vietnã em SP
Reprodução/TV Globo
“O sabor não tem como comparar. É incomparável, não tem como comparar. Sou da Coreia do Sul. Estou há uns trinta anos mais ou menos no Brasil. Só que eu nunca provei essa comida. Assim que eu provei há uns 5 anos atras não parei de comer. Conheci aqui no restaurante”, diz Melissa Kim, comerciante.
“Diferencial é que é saudável. É leve, não é pesada. Tipo, feijoada é boa também, só que pesa, dá um cansaço. Essa aqui é saudável. Toda vez que eu venho, é a família toda. Toda semana eu tenho que estar aqui. Duas vezes, se faltar, uma vez, mas tem que ter essa comida na mesa”.
Gastronomia do Vietnã em São Paulo
Reprodução/TV Globo
Europa
Série “Comer é Viajar” apresenta a comida búlgara
A fachada do restaurante é discreta no bairro conhecido pela variedade de lojas de roupas, o Bom Retiro. Mas é nele que fica guardado o segredo de saborosos lanches búlgaros, que conquistam na primeira mordida e fazem você voltar para comer mais (veja vídeo acima).
“Eu estava passando aqui, já tinha ouvido falar e aí entrei. Eu trabalho com cozinha. Então, bati o olho e já apareceu atrativo. Acho que a massa folhada é o grande diferencial. Não encontro nada parecido aqui em São Paulo. E aí, quando provei, vi que realmente era bom e, desde então, sempre que eu venho do bairro, eu passo aqui”, afirma Joyce Braga, cozinheira.
O lanche principal é a bureka, que é feito de massa folhada e recheado com carne, queijo, batata e berinjela. São vários sabores. E tudo começou há quase 50 anos, nesse mesmo lugar, em 1975.
“Aqui foi fundado em 1975 pelos meus avós. Eles eram búlgaros e migraram para Israel. Depois da guerra não ficaram e vieram para o Brasil. E o meu avô, ele era mestre em derivados de leite, fazia queijo, sorvete, ricota. Inclusive isso aí, ele fazia lá em Israel e na Bulgária. Aí começou a fazer a mesma coisa aqui. Começou a vender o queijo, o sorvete, e o pessoal começou a pedir alguma coisa salgada para comer”, diz o chef Nir Baruch.
“E aí a minha avó começou a fazer as burekas. Eles moravam aqui no bairro na época, mas ela fazia na casa dela e trazia para cá, onde vendia. Teve uma ótima aceitação e acabou introduzindo para cá. Então, a gente está aqui há 48 anos.
Série ‘Comer é Viajar’ apresenta a comida búlgara
Reprodução/TV Globo
Nir é filho da dona Shoshana. Só os dois sabem preparar a massa folhada que é o diferencial desse salgado.
“Não podemos contar o segredo. Já pediram várias vezes e eu nego. Não deixo. Isso foi minha mãe que quis assim e pegou, porque tinham outros lugares que vendiam folhado de outro formato e ela falou que ia ser diferenciada e ficou diferente”, disse Shoshana Baruch.
Pra entender melhor como as burekas surgiram no Bom Retiro, é preciso voltar no tempo. A Bulgária é um país do leste europeu, que faz fronteira com Romênia, Grécia e Turquia. Foi durante a invasão dos otomanos que esse lanche surgiu na Bulgária.
“A bureka na realidade é um produto que está no leste europeu e nos países do Oriente Médio. É um salgado bem popular. Feito à base de massa folhada, cada região tem o seu preparo de massa folhada e os recheios também. Então, como a Bulgária foi dominada pelos otomanos, ficou um pouco da gastronomia deles, que na Turquia, por exemplo, o börek é muito parecido”, explica o chef Nir.
Série ‘Comer é Viajar’ apresenta a comida búlgara
Reprodução/TV Globo
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