Ramagem é alvo de operação da PF por monitorar celulares na Abin

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O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ)Divulgação: PF

A Polícia Federal realiza uma operação nesta quinta-feira (25) que mira o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), sete policiais federais e três servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sob a acusação de suposto monitoramento ilegal realizado pela Abin durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

A Polícia Federal executa 21 mandados de busca e apreensão, juntamente com medidas cautelares que incluem a suspensão imediata das funções públicas de sete policiais federais. As diligências ocorrem em Brasília/DF (18), Juiz de Fora/MG (1), São João Del Rei/MG (1) e Rio de Janeiro/RJ (1).

Em março do ano passado, a Abin foi acusada de usar o programa secreto FirstMile para monitorar a localização de alvos pré-determinados através de seus celulares. Após essa divulgação, a Polícia Federal iniciou um inquérito, identificando que a ferramenta era utilizada para monitorar políticos, jornalistas, advogados e opositores de Bolsonaro.

Esta operação é uma extensão das investigações da Operação Última Milha, desencadeada em 20/10/2023. As evidências obtidas a partir das diligências realizadas pela Polícia Federal indicam que o grupo criminoso estabeleceu uma estrutura paralela na ABIN, utilizando suas ferramentas e serviços para atividades ilícitas. Tais ações incluíam a produção de informações para uso político e midiático, obtenção de benefícios pessoais e até mesmo interferência em investigações da Polícia Federal.

“Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei”, informou a PF, em nota.

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