Gatos são encontrados mortos na maior penitenciária de Roraima e MP investiga maus-tratos

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Oito gatos morreram sufocados e foram enterrados em uma área aberta Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), segundo o deputado Marcinho Belota (PRTB). Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), responsável pela Pamc, que disse estar apurando o caso. Deputado de Roraima desenterra dois gatos mortos na Penitenciaria Agrícola de Monte Cristo
O Ministério Público de Roraima (MPRR) informou nessa quarta-feira (24) que investiga a morte de oito gatos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), o maior presídio de Roraima. A investigação ocorre após a denúncia enviada ao órgão pelo deputado estadual Marcinho Belota (PRTB). Os gatos foram encontrados pelos presos dentro de uma lixeira e morreram sufocados, segundo o parlamentar.
Na denuncia, Belota relata que, ao todo, 12 gatos viviam na prisão. Por ordem de um policial penal, dois presos colocaram eles dentro de um lixeiro tampado. Três horas depois, os presos abriram a lixeira, quatro gatos estavam vivos e oito morreram. O caso aconteceu no dia 11 de janeiro.
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A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), responsável pela Pamc, que disse estar apurando por meio da Corregedoria do órgão desde o dia 17 de janeiro. Destacou ainda que “não compactua com nenhum tipo de conduta ilegal e que as informações serão verificadas para que sejam tomadas as possíveis providências em relação ao caso”.
O g1 perguntou à pasta se o agente penitenciário foi identificado e ouvido, mas não obteve resposta.
Ainda de acordo com a denúncia, o agente penitenciário pediu para os presos enterrarem os gatos em uma parte aberta conhecida como Horta Velha, próxima à oficina do presídio. O parlamentar chegou a desenterrar dois gatos mortos, de acordo com ele, “para usar de provas”. (Veja no vídeo acima).
Gatos foram enterrados em área aberta na Penitenciaria Agrícola de Monte Cristo (Pamc), em Roraima
Divulgação/Marcinho Belota (PRTB)
Em nota, o Ministério Público de Roraima informou que a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente recebeu a denúncia na sexta-feira (19) e abriu procedimento referente ao caso. Disse ainda que irá requisitar à Delegacia de Polícia de Meio Ambiente a instauração de inquérito policial para apurar a possível prática do crime de maus-tratos a animais.
O Sindicato dos Policiais Penais lamentou o caso e destacou não compactuar com “qualquer prática que maltrate os animais, tanto os cachorros quanto os gatos existentes, tanto na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo como em outras unidades prisionais”, disse ainda que os animais “são sempre bem tratados”.
O sindicato disse ainda que “é necessário que as autoridades apurem se houve uma ordem superior para exterminar os animais e identifiquem de quem partiu essa ordem, culpando a pessoa responsável”.
Marcinho Belota disse ter recebido a denúncia de outros policiais penais. Disse ainda que os presos foram relutantes em prender os animais na lixeira, mas o policial em questão os obrigou a prender e não soltar.
“Eu fui até a penitenciária, e os presos me contaram que estavam aflitos com a situação, já que os animais faziam parte do convívio deles ali dentro, e por conta própria, abriram o cesto para que os animais não morressem, mas dos 12 que foram colocados dentro da lixeira, 8 morreram e a maioria estava atordoada. O pior, ainda receberam a ordem do mesmo policial de enterrar os gatos em um determinado local da unidade prisional”, contou Belota.
De acordo com o sindicato, vivem na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) cerca de quatro cachorros e 12 gatos. Os animais vivem em harmonia com os policiais e com os presos, segundo a entidade.
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