‘Ajudar o próximo, a gente não tem que medir esforço’, diz integrante de torcida organizada ao reencontrar adolescente salvo em enchente

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O estudante Gabriel Ferreira Merlo e o cruzeirense Wallison Vicente se reencontraram nesta quarta-feira (24). O torcedor se arriscou para salvar jovem de enxurrada em Belo Horizonte. Adolescente reencontra homem que o resgatou de carro levado por correnteza
O encontro do estudante Gabriel Ferreira Merlo e do cruzeirense Wallison Vicente nesta quarta-feira (24) foi bem diferente da noite anterior. O integrante da Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro, arriscou a própria vida para salvar o adolescente durante uma enchente em Belo Horizonte.
“Foi tipo cena de filme, né?! Começou a encher muito rápido, foi coisa de outro mundo”, disse Gabriel.
Máfia Azul se une para salvar pessoas ilhadas e presas em carros pela chuva que atingiu BH
Um morador registrou o momento do resgate, no bairro Santa Branca, na Região de Venda Nova. Nas imagens, Gabriel, de roupa escura, estava sobre um carro, quase submerso. Wallison saiu de outro veículo, também cercado pelo aguaceiro, e entregou uma mangueira para que o adolescente fosse puxado por outros torcedores (veja acima).
“Quando eu vi o vídeo, fiquei pensando no sofrimento deles”, afirmou Maria Mirani Ferreira, avó de Gabriel.
O empresário Flávio Merlo, irmão mais velho de Gabriel, também estava no carro. Ele contou que a água chegou à altura do pescoço, mas não se preocupou com a própria vida naquele momento.
“Eles vieram ajudar meu irmão, pegaram a corda, a mangueira, ajudaram ele, ele subiu no outro carro. Aí quando pegaram ele, eu falei: ‘Deus abençoe, pegou meu irmão, se eu morrer, menos mal’”, explicou Flávio.
Encontro do estudante Gabriel Ferreira Merlo e do cruzeirense Wallison Vicente
Reprodução/TV Globo
Ao lado da filha pequena, Wallison se reencontrou com o adolescente. Para o cruzeirense, rever as imagens do salvamento só reforçou a importância de seguir adiante com muito mais solidariedade.
“Ajudar o próximo, a gente não tem que medir esforço para isso, não. Se tiver nas condições, tem que ajudar mesmo. Só assim a gente pode fazer o mundo melhor aí”, concluiu Wallison.
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