Arcabouço fiscal: acordo do governo com relator permitirá aprovação com ‘ampla margem’ na Câmara, diz Haddad

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (16) estar confiante na aprovação do arcabouço fiscal com ampla margem no Congresso Nacional. Ele foi questionado por jornalistas ao deixar o prédio do ministério, em Brasília.
“Eu acredito que sim, porque a conversa foi extensa e vi muita boa vontade, inclusive dos partidos da oposição que consideram esse projeto um projeto de Estado, não do governo A, B ou C”, respondeu Haddad.
Questionado se o governo ficou satisfeito com o relatório apresentado pelo deputado Claudio Cajado, Haddad afirmou que o texto apresentado é fruto de um acordo e todo mundo teve que “ceder em alguma coisa”.
“Em acordo todo mundo sai do acordo tendo que ceder em alguma coisa né, é óbvio se você perguntar pro governo, o governo ele mandou um projeto de lei, mas sabe que [existem] outras forças do Congresso Nacional, que é natural que o relator tem que ouvir todo mundo pra angariar o maior apoio possível, e é um quórum qualificado, temos que ter 257 votos pra aprovar”, relatou Haddad.
“Nós temos o desafio de aprovar esse arcabouço com uma larga margem de votação, pra dar consistência ao regime fiscal do país, então esse é um acordo que a Câmara tá fazendo pra ampliar ao máximo o apoio ao arcabouço, ele ser uma lei com durabilidade, com resiliência pra que os resultados sejam alcançados, é no bojo de uma negociação que essas coisas acontecem”, completou.
O ministro também ressaltou que a aprovação do novo arcabouço fiscal vai tirar o país de uma “camisa de força”, em referência ao teto de gastos, a regra fiscal em vigor, que limita o crescimento da maior parte das despesas da União à inflação.
“Eu penso que a gente sai de uma camisa de força muito grande e coloca o país em outro patamar mais inteligente mais flexível e no futuro você tem os parâmetros, próximo governo pode alterar os parâmetros, mas o desenho foi muito bem recebido.”

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