‘Marido’ de chefe de facção é encontrado morto em presídio de Campo Grande

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Weslei de Almeida Velasco, de 38 anos, cumpria pena em regime fechado por tráfico de drogas, no presídio Gameleira II. Presídio da Gameleira II, onde presidiário foi encontrado.
Osvaldo Nóbrega/TV Morena
O companheiro de uma chefe de facção criminosa foi encontrado morto em uma cela no presídio Gameleira II, em Campo Grande, na noite desta segunda-feira (22). Weslei de Almeida Velasco, de 38 anos, cumpria pena em regime fechado por tráfico de drogas.
Segundo o registro da Polícia Civil, o corpo foi encontrado na cela no fim da noite. Ele estava com o pescoço enrolado em uma corda artesanal. A análise preliminar da perícia, que esteve no local, sugere que as marcas encontradas na vítima indicam que o detento teria sido enforcado e depois pendurado para simular um suicídio.
Os três presos que dividiam a cela com a vítima foram encaminhados para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol para prestar esclarecimentos. O caso, inicialmente, foi registrado como morte a esclarecer.
Operação “Balcão de Negócios”
Detento encontrado morto fazia parte de quadrilha investigada pelo Gaeco
Geisy Garnes
O detento encontrado morto nesta segunda, foi investigado na operação “Balcão de Negócios”, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em 2019. Ele era companheiro de Sandra Ramona da Silva, líder da organização criminosa especializada em tráfico de drogas.
A operação apurou o envolvimento do ex-delegado de Polícia Civil, Eder Oliveira Moraes, com a quadrilha. Segundo o Gaeco, ele compartilhava informações sigilosas com os traficantes e comandava um esquema de corrupção na delegacia de Aquidauana, no oeste do estado.
Moraes foi condenado a mais de 11 anos de prisão por tráfico e 20 anos de reclusão por estupro de dois adolescentes, que denunciaram abusos dentro de outra delegacia que ele chefiou, a de Rio Verde de Mato Grosso, em 2016. O ex-delegado também foi investigado por peculato e enriquecimento ilícito.
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