Vira-lata que fez companhia a policiais em caçada a criminosos é adotada por sargento e ganha nome de ‘Canguçu’

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Cadela chegou bastante debilitada ao cerco policial, montado no povoado Café da Roça em Pium. Durante mais de 30 dias, policiais cuidaram da vira-lata e deram alimento e carinho a ela; agora ela terá um novo lar. Cadelinha que fez companhia durante operação é adotada por sargento e ganha novo lar
Uma cadelinha fofa, que não saiu de perto dos policiais, durante um cerco montado para capturar os criminosos suspeitos de atacar Confresa (MT) e fugir para o Tocantins, virou mascote da equipe, ganhou nome e agora tem um novo lar. ‘Canguçu’ foi adotada pelo 2º sargento da Patrulha Rural da PM, Gyllvagno Vieira Flor. A vira-lata agora mora em Gurupi e já é muito paparicada pela família do militar.
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A cadelinha apareceu no dia 10 de abril, assim que policiais montaram uma barreira no povoado Café da Roça, em Pium, para capturar o grupo criminoso que estava em fuga pelo estado. No meio da tensão, a vira-lata foi a alegria da equipe. Ficou no local e não ‘arredou as patinhas’.
A Operação Canguçu completa nesta segunda-feira (15), 36 dias de buscas pelo grupo criminoso. Segundo balanço divulgado pela PM, 18 suspeitos foram mortos após troca de tiros e cinco acabaram presos. Cerca de 350 policiais de cinco estados participam do cerco.
Sargento da PM adota vira-lata que fez companhia a policiais durante cerco da operação Canguçu
Divulgação/PM
No início, a cadelinha estava bastante debilitada. Mas recebeu atenção, carinho e comida. Com o passar dos dias, a saúde do animal melhorou.
“Ela chegou magrinha e bastante debilitada. Nós começamos a dar a refeição adequada a ela. Com o tempo, ela não saiu mais de lá e foi melhorando”, relatou o sargento.
Com o tempo, a vira-lata foi ficando conhecida. É que o bloqueio ficava próximo à entrada da fazenda Jam. Diariamente, as equipes passavam pelo local e se dirigiam até à base da operação para se alimentar.
A companheira fiel recebeu o nome de Canguçu, mesmo nome da operação. Um vídeo mostra policiais brincando com a vira-lata durante momentos de folga. Nesse fim de semana, quando o 18º suspeito morreu em confronto com policiais, o bloqueio no povoado foi encerrado, segundo o sargento. Eles acreditam que não há mais criminosos na região. A caçada continua em outros lugares, como Marianópolis, Caseara e Araguacema.
Filhos de sargento brincam com cadelinha Canguçu, em Gurupi
Arquivo Pessoal
Os policiais deixaram o local e a Canguçu também. É que o sargento Gyllvagno não quis deixar a companheira para trás e resolveu adotá-la. A cadelinha pegou a estrada junto com o militar e agora terá uma nova vida em Gurupi.
Na nova casa, foi recebida pela esposa e os filhos do sargento: Marina e Miguel. “Ela é muito dócil, muito brincalhona. Está um pouco assustada por ter mudado de ambiente. Os meninos pegam, brincam o tempo todo. Está sendo a alegria da criançada”.
Nesta segunda-feira, o sargento levou a nova membro da família para fazer exames em uma clínica veterinária. Colegas do 4º Batalhão da PM ajudaram com os custos. A Canguçu seguirá sendo amada pela família e será símbolo de uma das maiores operações do Brasil.
Vira-lata fez companhia a policiais durante cerco no povoado Café da Roça, zona rural de Pium
Divulgação
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Criminoso morto em confronto na operação Canguçu usava sacos amarrados aos pés para tentar despistar a polícia
Operação Canguçu
A operação na zona rural do Tocantins começou no dia 10 de abril, um dia após os criminosos tentarem assaltar uma transportadora de valores e fugirem para a zona rural do Tocantins. Eles foram surpreendidos pela fumaça e saíram sem levar nada, apesar de terem passado um ano planejando o crime. O objetivo era roubar R$ 60 milhões.
Após o crime, eles entraram no estado usando embarcações e navegando pelos rios Araguaia e Javaés. Os criminosos até tentaram afundar barcos para despistar as equipes policiais.
Mesmo durante a fuga os criminosos têm deixado um rastro de terror, invadindo propriedades e fazendo pessoas reféns. Áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores em Marianópolis do Tocantins.
Operação Canguçu completa 33 dias e policiais seguem as buscas pelos criminosos
Sargento Versiani/Força Tática
Nos últimos dias foram encontrados rastros dos criminosos, como espigas de milho e sapatos velhos próximo da região do povoado Café da Roça, na zona rural de Pium. Também foi encontrado sal com ureia, que serve para alimentação de bovinos, e estaria servindo de alimento para os fugitivos.
Os suspeitos ainda estariam usando sacos amarrados aos pés, para tentar não deixar pegadas por ponde passam. Estratégia que foi descoberta com a morte de um dos suspeitos.
As equipes que fazem parte da Operação Canguçu percorrem uma área de 4,6 mil km, em quatro cidades. Um verdadeiro arsenal de guerra foi apreendido durante a operação. Entre as apreensões estão armamento de grosso calibre, inclusive fuzis furtados da PM de São Paulo, milhares de munições, coletes à prova de bala e outros materiais.
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