Marília Mendonça: aproximação de aeronave ‘foi iniciada a uma distância maior’ do que a esperada, diz relatório do Cenipa

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Relatório do Cenipa foi divulgado nesta segunda-feira (15), um ano e meio após o acidente. Avião com cantora Marília Mendonça caiu em Minas Gerais
Reprodução
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticas (Cenipa) concluiu que a aproximação da aeronave que caiu com Marília Mendonça e outras quatro pessoas em Piedade de Caratinga, em Minas Gerais, “foi iniciada a uma distância significativamente maior do que aquela esperada” e “com uma separação em relação ao solo muito reduzida”.
Segundo o Cenipa, em relação ao perfil de aproximação para pouso, “houve uma avaliação inadequada acerca de parâmetros da operação da aeronave, uma vez que a perna do vento foi alongada em uma distância significativamente maior do que aquela esperada”.
O relatório final sobre o acidente aéreo foi divulgado na noite desta segunda-feira (15), um ano e meio após o acidente. O Cenipa levantou a possibilidade de que a tribulação da aeronave estivesse “com a atenção (visão focada) direcionada para a pista de pouso em detrimento de manter uma separação adequada com o terreno em aproximação visual”.
Segundo as investigações, a aeronave bateu em um cabo de uma torre de distribuição da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
Antes de ser divulgado publicamente, o relatório do Cenipa foi apresentados aos familiares das vítimas. Na tarde desta segunda-feira, o advogado da família de Marília Mendonça, Robson Cunha, disse que, de modo geral, o Cenipa entende que não houve erro do piloto e que ele “fez tudo dentro da regularidade”.
“Atitudes tomadas fora do plano de voo não são erradas”, diz Robson Cunha.
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Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, divulgadas em novembro de 2022, concluíram que a aeronave estava voando baixo e que o piloto não seguiu o padrão de pouso do aeródromo – ele fez a aproximação pelo lado correto, mas “se afastou” do local recomendado e saiu da zona de proteção. Uma das hipóteses levantadas pela polícia é que ele tenha tentado fazer um pouso “mais suave”.
A zona de proteção é a área de entorno sujeita a restrições para que aeródromos possam operar com segurança. Apenas os obstáculos inseridos dentro da zona de proteção são inseridos no Notam, documento de referência para pilotos.
Segundo a Polícia Civil, não havia obrigatoriedade de sinalização da rede da Cemig, porque as torres ficam fora da zona de proteção do aeródromo, a 4.600 metros da cabeceira da pista. Elas também são baixas: têm aproximadamente 35 metros de altura.
“A gente aguarda hoje a elaboração dos laudos por parte do Cenipa para que, se descartar de fato qualquer falha nos motores que fizesse com que a aeronave voasse tão baixo, a gente consiga caminhar para a conclusão de uma falha humana”, falou, em novembro, o delegado regional de Caratinga, Ivan Lopes Sales, responsável pela investigação.
O g1 pediu um posicionamento à Cemig e aguarda retorno.
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O acidente
Infográfico mostra local do acidente que vitimou Marília Mendonça
Arte G1
Marília Mendonça viajava para Caratinga, onde faria um show na noite de 5 de novembro de 2021.
O avião bimotor de pequeno porte que transportava a cantora e mais quatro pessoas caiu em uma cachoeira após bater em um cabo de uma torre de distribuição da Cemig.
Além de Marília Mendonça, morreram no acidente o piloto Geraldo Medeiros, o copiloto Tarciso Viana, o produtor Henrique Ribeiro e o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho.
De acordo com a Polícia Civil, todos foram vítimas de politraumatismo contuso.
Marília Mendonça
Divulgação
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